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Qualcomm contra-processa a Apple, alegando que seria “impossível existir o iPhone” se não fosse a sua tecnologia

Apple contra Qualcomm

Em janeiro, a Apple processou a Qualcomm por monopólio no mercado de chips wireless, requerendo US$1 bilhão. Na época, a fabricante de chips alegou que não existia “embasamento nenhum” nas acusações da Maçã e que a empresa teria “intencionalmente descaracterizado os acordos e as negociações”. Pois este imbróglio acaba de piorar, já que quem está processando agora é a Qualcomm.

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Ontem, segunda-feira (10/4), a Qualcomm anunciou a abertura de um contra-processo em cima da Apple — todos os detalhes estão neste PDF.

Partindo da resposta que havia dado anteriormente em seu pronunciamento, a Qualcomm negou oficialmente as alegações da Apple e também a acusou de ter realizado acordos com “má fé” em relação aos seus chips 3G e 4G. Além disso, a Maçã também foi acusada de violar acordos de licenciamento, declarando que a empresa fez alegações falsas as quais incentivaram jurisdições ao redor do mundo a atacarem a fabricante de chips — provavelmente se referindo aos outros processos abertos na China e no Reino Unido.

Nos últimos dez anos, a Apple tem desempenhado um papel significativo em trazer os benefícios da tecnologia móvel para consumidores com seus produtos e serviços populares. Mas a Apple não poderia ter construído a incrível franquia do iPhone, que a tornou a empresa mais rentável do mundo, capturando mais de 90% dos lucros de smartphones, sem contar com as tecnologias celulares fundamentais da Qualcomm. Agora, após uma década de crescimento histórico, a Apple se recusa a reconhecer o valor bem estabelecido e contínuo dessas tecnologias. Ela lançou um ataque global contra a Qualcomm e está tentando usar o seu enorme poder de mercado para coagir termos de licença injustos e irracionais da Qualcomm. Pretendemos defender vigorosamente o nosso modelo de negócio e ir atrás do nosso direito de proteger e receber o valor justo pelas nossas contribuições tecnológicas para a indústria.

Don Rosenberg, vice-presidente executivo e conselheiro geral da Qualcomm.

A Qualcomm também apontou que a Apple “optou por não utilizar o desempenho completo” do seu modem LTE nos iPhones 7/7 Plus. Isso porque os iDevices são equipados ou com chips da Qualcomm, ou com da Intel. Na ocasião, alguns testes revelaram que o chip da Qualcomm apresentava performance melhor que o da Intel, mesmo a Apple afirmando que não havia “diferença discernível”. A Qualcomm, é claro, não ficou nada feliz com isso, mas ao que alegam, a Apple supostamente ameaçou a empresa para que não houvesse comparações de performances em iPhones com chips da Qualcomm.

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Neste novo processo, a Qualcomm requer da Apple indenizações tanto compensatórias quanto punitivas, por “renegar suas promessas em vários acordos”, assim como pede que haja a proibição da Apple em interferir em acordos da Qualcomm com as empresas que fabricam iPhones e iPads. Além disso, a empresa busca ser liberada de qualquer obrigação de realizar mais pagamentos à Apple.

Respondendo a essas alegações, a Apple acusou a Qualcomm de utilizar a sua posição como fornecedora de um dos componentes mais importantes do iPhone para aumentar as taxas de licenciamento de patentes.

A briga é de cachorro grande e pode prejudicar bastante — e igualmente — as duas empresas. Continuaremos acompanhando o caso.

[via MacRumors]

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