Como sabemos, milhões de pessoas usam algum tipo de monitor de atividade (seja uma pulseira ou um smartwatch) para acompanhar de perto o desempenho em exercícios e tomar conta da saúde. Muitas vezes, os dados gerados por esses dispositivos são compartilhados com um médico. E a grande pergunta é: será que esses dados são precisos?
O professor Euan Ashley, da Faculdade de Medicina da Universidade de Stanford, fez um estudo com 60 pessoas (31 mulheres e 29 homens) os quais testaram sete aparelhos de monitoramento de exercícios/saúde (Apple Watch, Basis Peak, Fitbit Surge, Microsoft Band, Mio Alpha 2, PulseOn e Samsung Gear S2). Todas essas pessoas usaram os sete dispositivos para andar/correr em esteiras e bicicletas.
A frequência cardíaca de cada voluntário foi medida com um eletrocardiógrafo de grau médico; já a taxa metabólica foi estimada com um instrumento para medir o oxigênio e dióxido de carbono na respiração — uma boa forma para entender o metabolismo e o gasto energético. Os resultados dos dispositivos utilizados, então, foram comparados com as medições desses dois instrumentos.
De acordo com a estudante Anna Shcherbina (que também é uma das responsáveis pelo estudo), para um usuário leigo, em um ambiente não-médico, o ideal é manter a porcentagem de erro dessas medidas abaixo da casa dos 10%.
A boa notícia é que, segundo Ashley, as medições da frequência cardíaca foram muito melhores do que o esperado; em contrapartida, as medidas de gasto energético estavam longe da marca estipulada pelo estudo. “A magnitude do quão ruim eles foram me surpreendeu”, completou ela.
A grande questão é que não é fácil para as fabricantes desses dispositivos criar um algoritmo preciso para uma grande variedade de pessoas, afinal o gasto de energia é variável com base no nível de aptidão, altura, peso, etc. Trata-se uma uma estimativa que, literalmente, varia de usuário para usuário; já a frequência cardíaca é medida diretamente, então não tem muito mistério.
Para termos uma ideia do que isso representa na prática, dos sete aparelhos utilizados, seis deles mediram a frequência cardíaca com taxas de erro abaixo de 5% (o que é ótimo!); já na estimativa de queima de calorias, os dados apresentados pelos dispositivos variaram de 27% a 93% se comparados aos do medidor profissional/médico (lembrando que, no mundo ideal, essa discrepância poderia ser de, no máximo, 10%).
A boa notícia para os donos de Apple Watches é que o relógio da Maçã foi o que obteve o melhor desempenho, tanto na medição da frequência cardíaca quanto na estimativa de queima calórica. No outro extremo temos o Samsung Gear S2, que obteve os piores resultados.
Curiosamente, os aparelhos de um modo geral se saíram melhores na medição de dados coletados durante o exercícios de bicicleta do que em caminhadas/corridas; os erros também tendem a serem mais comuns em homens do que em mulheres, principalmente naqueles com um maior índice de massa corporal e com um tom de pele mais escura.
Aos interessados, o estudo foi publicado no Journal of Personalized Medicine.
de Apple
Preço à vista: R$ 2.699,10
Preço parcelado: em até 12x de R$ 249,92
Tamanhos: 38mm ou 42mm
Cores: diversas
Lançamento: setembro de 2016