Já é tradição: um novo produto da Apple é lançado e logo aparecem supostos benchmarks dele no Geekbench para que possamos especular sobre o seu (quase sempre) poder de processamento aparentemente bestial. Desta vez, com o iPhone X, foi um pouquinho diferente: os supostos números do aparelho apareceram na internet antes mesmo da sua apresentação, ainda no final da manhã de hoje.
Obviamente, com o turbilhão das notícias da tarde, todos acabaram esquecendo temporariamente dos números, mas agora que as coisas estão mais calmas e podemos nos debruçar sobre eles com mais algum cuidado, a primeira coisa que podemos dizer — caso eles sejam reais, claro — é: caramba!
De acordo com o benchmark do chamado iPhone10,5
(ao que tudo indica, o iPhone X), o chip A11 Bionic do aparelho traz uma pontuação de núcleo único de 4061
, enquanto o score multi-núcleos chega a 9959
. Se estes números isoladamente não fazem muito sentido para você, basta compará-los com as medições de outros excelentes smartphones:
- iPhone 7 Plus:
3510
(núcleo único) e5938
(multi-núcleos) - Samsung Galaxy S8:
2024
(núcleo único) e6279
(multi-núcleos) - OnePlus 5:
1932
(núcleo único) e6495
(multi-núcleos)
Não está satisfeito? Pois compare as medições do iPhone X com outros dispositivos, digamos, um pouco maiores:
- iPad Pro de 10,5 polegadas:
3558
(núcleo único) e9133
(multi-núcleos) - MacBook Air (2017):
3126
(núcleo único) e5935
(multi-núcleos) - MacBook Pro de 13 polegadas (meados de 2017, modelo de entrada):
4342
(núcleo único) e9194
(multi-núcleos)
Pois é. Se os números referentes ao iPhone X estiverem corretos — e geralmente estão —, estamos olhando para algo muito além de uma tela infinita com um recorte esquisito: teremos nas mãos um poder que muitos computadores completos não trazem. O que é bom, eu suponho: alguns dos recursos do novo dispositivo certamente serão bastante exigentes deste poder de processamento, como aqueles baseados nas tecnologias de realidade aumentada e até o próprio sistema de reconhecimento facial.
O mais impressionante, a meu ver, é pensar como a Apple conseguiu — ou ao menos afirma ter conseguido; teremos que ver na prática — aumentar a capacidade de bateria do iPhone X em relação ao iPhone 7, mesmo com este salto aparentemente tão alto. É bom notar, aliás, que o novo dispositivo é apenas 0,4 milímetros mais gordinho que o iPhone 7, então, não, a Apple não aumentou significativamente a espessura para encaixar uma bateria muito maior no iPhone X.
Agora, estou curioso para saber quais serão os números do iPhone 8 e do 8 Plus. Teoricamente, deveremos ver uma medição razoavelmente parecida, afinal, os três dispositivos trazem — ao que parece — o mesmíssimo chip de processamento. É possível, entretanto, que a Apple tenha “capado” ligeiramente o A11 Bionic nestes outros aparelhos para criar uma diferenciação maior ou economizar bateria; teremos que aguardar para tirar a prova.
via AppleInsider
Atualização 15/09/2017 às 13:40
Os números relativos ao iPhone10,2
e ao iPhone10,3
— certamente, o iPhone 8 e o 8 Plus, respectivamente — também já surgiram no Geekbench e provam que toda a nova linha de smartphones da Maçã traz um poder de processamento incomparável no mundo dos smartphones. Em se tratando de números, pelo menos.
O iPhone 8 conseguiu pontuações de 4201
e 10211
nas medições de núcleo único e multinúcleos, respectivamente; o iPhone 8 Plus, por sua vez, ficou com scores de 4219
e 10215
.
Obviamente, números frios nunca contam toda a história da performance de um dispositivo, mas ao menos agora já temos algumas certezas: em primeiro lugar, que todos os iPhones mais recentes — do mais “barato” (ênfase nas aspas, por favor) ao mais absurdamente caro — oferecerão um nível de desempenho similar. Sabemos, também, que os novos smartphones da Maçã têm total condição de competir com (ou superar) seus concorrentes mais poderosos.
Os vídeos com comparações de performance serão divertidos. 😝
via MacRumors