O melhor pedaço da Maçã.

Lisa Jackson fala sobre “reparabilidade” dos produtos da Apple e intenção de usar materiais 100% recicláveis na produção dos aparelhos

Foto por David Geraghty | News Corp Australia
Lisa Jackson

Já faz um tempo que a Apple vem se esforçando para fazer com que toda a sua operação se torne cada vez mais sustentável, desde a gênese de seus produtos até que eles cheguem às mãos de consumidores.

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Atualmente, a grande responsável por essa iniciativa é Lisa Jackson, vice-presidente de meio ambiente, políticas e iniciativas sociais, que conversou com o site australiano News sobre os avanços que a Maçã já conseguiu para melhorar a relação entre a empresa e o meio ambiente.

Lisa Jackson
Foto: David Geraghty | News Corp Australia

Ano a ano, a Maçã divulga tanto seu relatório ambiental quanto o de responsabilidade com fornecedores, mostrando as conquistas já alcançadas e também suas ambições para os próximos anos. E, assim como já apareceu no relatório deste ano, Jackson reiterou que a intenção da Apple agora é passar a usar materiais 100% reciclados para produzir seus produtos, ou utilizá-los para transformar em materiais renováveis, mesmo que ainda não saiba exatamente como chegar até essa meta ainda.

Até onde eu sei, somos a única empresa do setor a tentar descobrir isso. A maioria das pessoas fala sobre a reciclagem eletrônica, mas o material não é necessariamente usado em eletrônicos novos.

Uma prática interessante que a Apple tem se preocupado em manter é a de reduzir a emissão de carbono; a executiva fala que, mesmo que não exijam isso da empresa, é o que ela tem feito.

Desde 2012, nós temos o primeiro data center que depende exclusivamente de energias renováveis. Se nós conseguimos fazer isso, vocês deve esperar o mesmo de todas as empresas.

iPhone X desmontado pela iFixit

Uma questão polêmica levantada na entrevista foi em relação à “reparabilidade” dos produtos da Apple, a qual muitas vezes é criticada por deixar seus produtos cada vez mais difíceis de serem reparados e, portanto, acaba fazendo com que os dispositivos tenham uma vida útil menor do que talvez pudessem ter.

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Vamos esclarecer bem as coisas: não há nada no pensamento da Apple quanto ao desenvolvimento de nossos produtos que não seja para termos dispositivos duradouros, que sejam bons para o planeta e que possam ser reciclados e, espero, reutilizados para criar mais dispositivos. Esse é nosso objetivo final.

Ela ainda explicou que, já que seus produtos estão cada vez mais complexos, a empresa tem seus próprios programas de reparo, além de autorizar e certificar outros locais de reparo, o que é melhor para os clientes do que tentarem serviços de terceiros, não-autorizados. “Queremos garantir que os reparos sejam feitos corretamente”, afirma ela.

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Apesar de não ter relação com os demais assuntos, a executiva também foi perguntada sobre a grande questão que surgiu sobre a Apple estar utilizando um paraíso fiscal para desviar de leis tributárias. Seu discurso, é claro, não foi diferente daquele feito pela empresa anteriormente:

Somos o maior contribuinte corporativo do mundo. E seguimos as leis onde estão; nós temos sido muito transparentes com todas essas coisas.

Cobalto Congo

Em outro polo, agora ressaltando as atitudes positivas da empresa, a matéria citou um ranking publicado na semana passada, que mostra a Apple como líder da empresas de tecnologia que tem se esforçado para utilizar cada vez menos minério proveniente de áreas de conflito na África. Como já contamos aqui, desde que esse problema foi apontado, os esforços para melhorar só aumentam.

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De todas as empresas, a Apple foi a única que a Anistia [Internacional] disse ter tomado uma medida “adequada” para atenuar a dependência de minas de cobalto potencialmente usando o trabalho infantil.

Ainda que esteja longe do ideal, a Apple vem mostrando que, sempre que possível, faz mudanças para que suas operações sejam as mais saudáveis para o meio ambiente e também para seus trabalhadores.

via AppleInsider

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