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Apple vai iniciar transição para chips próprios nos Macs em 2020, segundo a Bloomberg

MacBook Pro de 13" de 2017 desmontado pela iFixit

Sejamos francos: o prospecto de a Apple abandonar a Intel e passar a equipar os Macs com chips projetados por ela mesma não é mais uma questão de “se”, e sim de “quando”. Portanto, quando um veículo respeitado (e certeiro) como a Bloomberg chega para ventilar um rumor relacionado à data de início dessa transição, a gente senta e escuta, certo?

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Segundo os repórteres Mark Gurman e Ian King, que citam fontes familiares aos planos da Apple, a empresa marcou para 2020 o início da transição que, eventualmente, fará com que todas as suas linhas de produtos sejam equipadas com processadores ARM projetados lá mesmo, em Cupertino. A iniciativa é chamada internamente de “Kalamata” e ainda está em fases iniciais de desenvolvimento, mas já teria sido definida e aprovada por todos os principais executivos da empresa, segundo a reportagem.

O objetivo da Apple é claro. Os Macs equipados com processadores da Maçã seriam a peça final no caminho de criar um ecossistema integrado, com uma arquitetura compartilhada entre todas as linhas de produto da empresa; com isso, os computadores trabalhariam em conjunto com os demais dispositivos, como iPhones, iPads e Apple Watches, com muito mais fluidez; desenvolvedores também teriam uma facilidade muito maior em criar programas para todas as plataformas simultaneamente.

É bom notar que, livrando-se da dependência da Intel, a Apple também poderia trazer inovações para os seus computadores no seu próprio ritmo, em vez de esperar o cronograma lento (e muitas vezes confuso) da parceira, e desta forma colocar-se um passo à frente perante a concorrência. Teoricamente, claro.

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Os planos de transição da Apple também estariam bastante relacionados a uma outra iniciativa sua, da qual falamos em dezembro passado: o projeto “Marzipan”, uma nova plataforma de software que permitiria aos desenvolvedores criar aplicativos que rodem no macOS e iOS simultaneamente — e que pode estrear ainda este ano, como um prenúncio das mudanças mais profundas que estariam por vir.

Não sabemos mais detalhes sobre os pormenores da transição dos Macs, mas (como da última vez) já é possível afirmar que a coisa toda ocorrerá lenta e gradualmente. Isso é pura especulação minha, mas é fácil imaginar a Maçã introduzindo primeiramente um Mac de entrada com chip próprio, para, posteriormente, ir equipando os demais modelos com os novos processadores até, finalmente, chegar aos topos-de-linha quando a mudança estiver consolidada e as dúvidas dos consumidores mais avançados estiverem sanadas.

O fato é que a simples possibilidade do fim da parceria com a Apple não soou nada bem entre os acionistas e possíveis investidores da Intel: a empresa teve uma queda brusca de 9% nas suas ações poucas horas após a publicação da reportagem, e agora a empresa opera em uma baixa de 6%, com um valor de US$48,92 por ação. Não é para menos: a Apple representa cerca de 5% do lucro anual da gigante dos microchips, e um rompimento com Cupertino seria certamente um grande abalo nas finanças da empresa.

Vamos ver como essa história há de se desenrolar…

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