O Google está, mais uma vez, chacoalhando seus produtos na área do streaming para ver se aumenta a sua relevância num campo dominado pelo Spotify e pela Apple. A gigante de Mountain View anunciou hoje um novo produto, batizado de YouTube Music, que transformará o serviço de vídeos em uma nova plataforma musical; ainda deu tempo de renomear o YouTube Red, criando uma estrutura de serviços um tanto confusa mas que, se pensarmos bem, faz sentido.
Vejamos, então, o que há de novo, o que se perdeu pelo caminho e — mais importante ainda — o quanto pagaremos por isso.
YouTube Music
Primeiramente, temos o YouTube Music em si, que é a nova plataforma de streaming musical do Google. O serviço unirá uma biblioteca tradicional, com dezenas de milhões de faixas, com o gigantesco universo de videoclipes do YouTube, combinando tudo sob o mesmo teto em uma experiência unificada.
Claro que, em se tratando do Google, temos aqui também altas doses de inteligência artificial (com base em tudo que ele sabe sobre a sua vida, isto é) para fazer recomendações personalizadas levando em conta horário e localização, bem como montar playlists automáticas para cada humor seu.
Em termos de valores, o modelo proposto pelo Google é muito parecido com o do Spotify, com uma versão gratuita (salpicada com propagandas aqui e ali) e uma paga, chamada YouTube Music Premium (que custará US$10 mensais nos Estados Unidos) — os preços no Brasil ainda não foram divulgados, mas se considerarmos que o Google Play Música também custa US$10 e em terras nacionais sai por R$15/mês, é possível ter uma ideia da conversão.
Falando em Google Play Música, a plataforma de streaming do serviço sobreviverá por enquanto, mas eventualmente será descontinuada para deixar o YouTube Music como única alternativa. Usuários do serviço poderão fazer a transição automaticamente assim que o novo produto for lançado, se assim quiserem, e o Google garante que outros recursos do Play Música (como o precioso armazenamento de músicas do usuário na nuvem) não serão deixados de lado.
Sai Red, entra Premium
Achou pouco? Que bom, porque não é só isso. Nessa leva de novidades, o YouTube Red (serviço que permite assistir aos vídeos do YouTube sem anúncios e em segundo plano, bem como salvá-los offline) foi renomeado para YouTube Premium. Ele continuará dando acesso exclusivo ao conteúdo original do YouTube, que ainda não é particularmente desenvolvido mas traz filmes, curtas e minisséries relativamente populares, como o spin-off de “Karate Kid”, “Cobra Kai”.
O YouTube Premium custará US$12, e trará todos os benefícios do YouTube Music Premium mais esses recursos citados acima. Se ficou difícil entender a diferença, basta pensar que um é focado somente em música enquanto o outro engloba o YouTube como um todo… ou olhar a tabela abaixo:
É bom notar que assinantes do YouTube Red (que custa US$10 mensais) farão a transição automaticamente para o YouTube Premium e continuarão pagando o mesmo valor atual, ao menos até segunda ordem.
O YouTube Music e o YouTube Premium estrearão já na semana que vem, em 22/5, em cinco países: Austrália, Coreia do Sul, Estados Unidos, México e Nova Zelândia. Outros territórios serão adicionados ao longo das semanas seguintes, mas ainda não sabemos quando o Brasil será contemplado pela empresa nessa nova empreitada.
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via Recode