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Review: HomePod — um erro ou um acerto?

HomePod

Quando se tratam de reviews completos, nós do MacMagazine gostamos de realmente testar os produtos a fundo antes de lhes passar as nossas impressões. Então fazemos isso sem pressa, durante várias semanas, e normalmente tentamos agendar a publicação do texto próximo à chegada do produto ao Brasil.

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Bom, como vocês já devem saber, não há data para isso acontecer com relação ao HomePod pelo simples fato de que a Siri, nele, só fala hoje o idioma inglês. Meses após seu lançamento original, o produto continua disponível para compra apenas nos Estados Unidos, no Reino Unido e na Austrália.

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Mas sim, já tive mais do que tempo suficiente para conhecê-lo a fundo e lhes passar todas as minhas impressões. Isto é, conhecê-lo a fundo em seu estado atual — que, infelizmente, ainda não é nem o que a Apple prometeu no anúncio original. Falarei disso adiante, é claro.

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Ao término deste review, espero lhes responder se o HomePod foi um erro ou um acerto.

Alto-falante ou assistente inteligente?

Os executivos da Apple não são idiotas. Eles sabem que a Siri hoje come poeira para o Google Assistente e para a Alexa, por isso pensaram bem na forma de apresentar o HomePod ao mundo e, com isso, trouxeram ao mercado um produto com uma proposta um pouquinho diferente da dos seus principais concorrentes.

Até então, a onda de dispositivos desse segmento era um tanto uniforme: alto-falantes inteligentes, com assistentes variadas, e preços não tão distantes uns dos outros. De quebra, também tocavam música — alguns, um pouco melhores que os outros. Música, definitivamente, não era o foco na concepção de tais produtos.

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Com o HomePod, a Apple inverteu o jogo. Sabendo do seu grande calcanhar de Aquiles, a empresa anunciou o produto como “um alto-falante de extrema qualidade para a casa” que, por acaso, é controlado por uma assistente de voz… inteligente.

No frigir dos ovos, contudo, estamos falando de produtos da exata mesma categoria. O que os diferencia são fatores como design, dimensões/peso, tipos de interação, qual assistente está embutida no software e, é claro, preço. É bem diferente, por exemplo, de caixas de som Bluetooth que podem ser controladas pelo smartphone e cuja função é apenas reproduzir áudio.

Ou seja, a Apple tem aqui um grande problema em suas mãos. Se o grande diferencial do HomePod é a sua qualidade de som (e ela é, sim, excelente), nos últimos meses já chegaram ao mercado soluções concorrentes bem equiparadas. Nós mesmos colocamos o HomePod à frente de duas delas, o Sonos One e o Google Home Max:

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A US$350 nos Estados Unidos, a Apple posicionou o HomePod entre os modelos premium de alto-falantes inteligentes. Tanto a Sonos quanto o Google possuem soluções mais caras, mas o segmento como um todo está dominado por opções mais acessíveis.

E aí, numa avaliação superficial, fica complicado escolher o HomePod se você não está 100% mergulhado no mundo Apple. Ao menos não enquanto a Siri estiver no nível em que estamos acostumados hoje.

A Siri

Okay, já que estamos falando nela, vamos mergulhar logo nessa bagaça. Muitos podem não lembrar, mas a Apple foi pioneira em assistentes inteligentes ao trazer a Siri para o iPhone 4s, em 2011, logo na época da morte de Steve Jobs. Ela tinha a faca e o queijo na mão, porém se acomodou, foi ultrapassada e hoje come poeira.

HomePod

Para não ser totalmente injusto com a Siri, não há no planeta nenhuma assistente inteligente tão poliglota quanto ela. São hoje 20 idiomas suportados ao todo, contra metade do Google Assistente e apenas 3 da Alexa. Todavia, depois de anos esperando pela Siri em português (que chegou com o iOS 8.3, em abril de 2015), as últimas Apple TVs aterrissaram sem suporte a ela (que foi resolvido recentemente, com o tvOS 11.3) e agora é a vez do HomePod de passar pelo mesmo.

Em suma, se o seu objetivo é ter um HomePod para controlá-lo em português, sente e espere porque não há previsão nenhuma de quando isso será liberado. Ao que tudo indica, o grande desafio está em otimizar a assistente para os tipos de coisas que pedimos a ela — o que, no caso de um alto-falante, são principalmente músicas, álbuns e bandas/artistas.

E aí, meu amigo, a Siri *precisa* começar a entender o inglês junto do português:

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Posto isso, obviamente não tive escolha senão configurar o meu HomePod em inglês e pude, por acaso, realizar um teste completo com a Siri pois tenho fluência no idioma. Já a minha esposa, por exemplo, fala um inglês básico e também consegue se comunicar com a Siri, mas muitas vezes acaba preferindo controlar tudo pelo iPhone mesmo.

Fechando o escopo da avaliação especificamente para a performance da Siri em inglês, há pouco do que se queixar. O sistema de seis microfones em volta do HomePod é uma coisa de louco e ninguém está mentindo quando diz que ele consegue nos ouvir em situações das mais incríveis. Você pode estar em outro cômodo, a música pode estar tocando alto pelo HomePod que a Siri muito provavelmente irá lhe ouvir, mesmo sem você ter que gritar.

Considerando, também, comandos exclusivamente no idioma inglês, a taxa de precisão da Siri nos meus testes foi excelente. A coisa pega, de novo, quando queremos misturar comandos em mais de uma idioma. Não queira pedir “Hey Siri, play some Paralamas do Sucesso” ou “Hey Siri, what’s the weather in Gramado”, porque você irá se irritar.

O que a Siri pode e não fazer no HomePod?

Obviamente, o foco principal da Siri no HomePod é tocar música. Você pode pedir uma faixa específica, um álbum, uma banda ou um artista, um gênero, uma playlist, uma rádio do Apple Music, podcasts e por aí vai.

HomePod

Mas ela também responde coisas básicas/genéricas como previsão do tempo, locais próximos, situação do tráfego, últimas notícias, resultados esportivos (nem todos os esportes/campeonatos), valores de ações, conversões de medidas, horários mundiais, entre outros.

O HomePod também conta com alarmes e timer embutidos, mas por enquanto apenas um por vez — o que é um pouco estranho. E, se você habilitar o recurso de Personal Requests nas configurações iniciais, conectando o seu HomePod ao ID Apple, pode também ler e enviar mensagens, criar lembretes e também anotações (em breve, ele deverá ganhar suporte ao calendário). É possível até mesmo transferir ligações do iPhone pro HomePod, mas não iniciá-las por ele.

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E aí entram também uma infinidade de outros comandos para a galera moderna que já tem a sorte de ter, em casa, dispositivos compatíveis com o framework HomeKit. Com o HomePod, você pode usar a Siri para ajustar luzes, termostato, cortinas, ar-condicionado, tranca de portas/garagem e por aí vai.

Todavia, ela não consegue realizar algumas ações que concorrentes conseguem, como pedir um Uber. No mais, a Siri responde a qualquer voz, sem fazer nenhum tipo de reconhecimento. Então, se você habilitou o recurso Personal Requests, como falei acima, saiba que qualquer pessoa na sua casa poderá enviar uma mensagem para outra em seu nome ou pedir para que a Siri leia as suas anotações, por exemplo, caso você esteja com seu iPhone por perto.

Outras formas de controlar o HomePod

Se só pudéssemos controlar o HomePod pela Siri, seria difícil recomendá-lo por aí. Felizmente, não é o caso.

Logo de cara, vale lembrar do óbvio: o que o HomePod *não* tem é uma entrada física P2, aquela portinha de áudio de 3,5mm. O único cabo que sai dele é o de energia, o resto é tudo e absolutamente feito sem fio.

Mas, se você não for controlar o HomePod pela sua voz, obrigatoriamente terá que ter algum dispositivo Apple para tal. Além do Wi-Fi 802.11ac com MIMO, o HomePod é equipado com Bluetooth 5.0, mas essa conectividade não é aberta para todo e qualquer aparelho. Ou seja, um smartphone com Android não consegue enxergar o HomePod e mandar músicas para ele.

É possível, portanto, usar a tecnologia AirPlay da Apple para transmitir músicas do iPhone, iPad, Mac ou Apple TV e tocar o que você quiser no HomePod, tal como se fosse uma caixinha de som sem fio convencional.

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É exatamente dessa forma que é possível usar o Spotify com o HomePod, visto que a Siri atualmente só conversa com o próprio Apple Music. Uma vez que o Spotify estiver tocando no HomePod por algum dispositivo via AirPlay, você até pode usar a Siri para realizar comandos de reprodução (como pausar, passar a música ou ajustar o volume), mas só.

Outra coisa interessante que dá para fazer, e pode parecer um pouco confusa à primeira vista, é controlar a reprodução local do HomePod pelo próprio iPhone/iPad. Para isso, em vez de você escolher o HomePod no ícone do AirPlay abaixo da reprodução de músicas do iPhone/iPad, você primeiro alterna para o ambiente do HomePod pela Central de Controle. Isso faz total diferença, pois nesse caso o HomePod continua acessando o que está reproduzido de forma direta na nuvem — ou seja, você pode até desligar o seu iPhone/iPad que ele continuará tocando normalmente.

Veja a diferença:

Observe a parte inferior das duas primeiras screenshots.

Ah, e claro: ainda há a superfície superior do HomePod, que é sensível. Dando um toque no centro, você reproduz/para a música e, quando há algo tocando, pode usar os sinais de “+” e “-” para controlar o volume. Se tocar duas vezes, avança a faixa; tocando três vezes, retrocede a faixa; se tocar e segurar no centro, chama a Siri. Simples, assim.

HomePod preto de cima com o ícone da Siri

Qualidade de som

Okay, vamos lá. De forma bem objetiva: o HomePod cumpre o que a Apple promete? Sim, sem dúvida. O problema é que qualidade de som é algo absurdamente subjetivo.

Eu não sou audiófilo e não vou me meter a besta aqui de ficar analisando as nuances dos sons emitidos pelo HomePod emitindo termos complexos e tecendo comentários separados sobre graves, médios e agudos. Sou, simplesmente, uma pessoa exigente e que aprecia um som de qualidade (não só por parte da caixa de som em si, mas do que ela está reproduzindo).

Então sim, afirmo categoricamente que a qualidade de som do HomePod é sensacional. Especialmente considerando o que o produto é fisicamente, algo que falarei mais a fundo no tópico “Design”, a seguir. A reprodução dele é limpa (não o vi distorcendo nem uma vez, sequer) e o posicionamento dos seus sete tweeters no cilindro proporciona um preenchimento espacial 360º que eu nunca tinha visto em um alto-falante, antes.

HomePod por dentro

Curiosamente, a Apple posiciona o woofer na parte superior do HomePod, apontado para cima. E sua potência também impressiona.

Alguns certamente criticarão a Apple por não oferecer, no software do HomePod, um equalizador de áudio. Mas a ideia do produto é exatamente a oposta disso: o HomePod é feito para você dar play no que quiser ouvir, se jogar no sofá e curtir um bom som. A experiência é muito agradável.

A Siri pode não ter lá essa inteligência toda que esperaríamos dela em 2018, mas a Apple embutiu no HomePod muita inteligência acústica espacial. Ele tem sensores que identificam quando é movido de lugar e ajustam a distribuição de som de acordo com isso, proporcionando o que a empresa chama audio beamforming direto e ambiente. Tudo isso graças também ao chip A8, que é o “cérebro” do HomePod.

Aos que desejarem fidelidade máxima de áudio, a boa notícia é que o HomePod suporta o formato FLAC. Além dele, temos HE-AAC (V1), AAC (16Kbps a 320Kbps), AAC protegido (da iTunes Store), MP3 (16Kbps a 320Kbps), MP3 VBR, Apple Lossless, AIFF e WAV.

Design

O HomePod está longe de ser um produto que se tornará referência de design na história da Apple, mas eu mais uma vez me impressiono com a capacidade da empresa de criar algo bem diferente num segmento saturado de opções muito similares.

Temos, aqui, um cilindro com 14,2cm de largura e 17,2mm de altura, todo envolto num tecido especial disponível nas cores cinza espacial ou branca, com uma base antiderrapante de silicone (que tem causado problemas com mesas de madeira e afins, por aí) e uma superfície lisa sensível ao toque. Se você nunca viu um ao vivo, provavelmente achará ele menor do que imaginava quando ver.

HomePod cinza espacial e branco

Ao mesmo tempo, o bichinho pesa 2,5kg. Primeiro você se impressiona com o tamanho diminuto; depois, com o peso maior que o esperado. Ele é sólido, é robusto.

Quando fomos comprar nossos HomePods, eu, o Breno e o Edu ficamos num impasse sobre as cores. Todos estavam meio temerosos com relação ao branco ter mais propensão a sujar com o tempo, então tendiam para a versão cinza espacial; acabei me voluntariando a pegar a branca, até porque achei que ela ficaria melhor aqui no rack da sala.

HomePod

E acho que acertei. A versão cinza certamente chamaria muita atenção no meu setup aqui e, felizmente, não estou tendo uma má experiência com relação a sujeira. Diria inclusive que, passando um espanador sobre todo o HomePod, ele está basicamente igual a quando o retirei da caixa.

HomePod

Por falar em caixa, eis o nosso vídeo de unboxing:

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Trata-se de uma embalagem absurdamente simples. Ao levantar a parte superior, damos de cara com o HomePod, que vem com o seu cabo de força conectado (ele pode ser tirado, mas não é recomendável) e, abaixo dele, temos um pequeno envelopinho circular com um guia inicial de uso, informações de garantia e um adesivinho clássico da Maçã.

Só para que fique claro, o HomePod — assim como todos os seus principais concorrentes — *não* tem uma bateria interna. A proposta do produto é ficar 100% do tempo ligado (com baixíssimo consumo de energia, segundo a Apple) e aguardando um comando de voz do usuário, então ele precisa necessariamente estar conectado à tomada.

Gerenciamento pelo app Casa

Quem tem os AirPods ou qualquer fone moderno da Beats equipado com o chip W1 deve conhecer o novo processo de emparelhamento criado pela Apple que consiste em só aproximar o dispositivo do iPhone/iPad para iniciar um assistente automático.

Com o HomePod é bem similar, como mostramos aqui:

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Feita essa configuração inicial, que no geral é bem básica, não há muito o que mexer em relação ao software do HomePod. Não é à toa que ele nem ganhou um app dedicado; tudo é feito pelo Casa (Home), nativo do iOS.

Pelo Casa, é possível gerenciar os alarmes do HomePod, trocar o nome do cômodo ao qual ele está associado, alterar o ID Apple conectado a ele, fazer ajustes referentes à Siri, determinar níveis de acesso ao alto-falante e, é claro, aplicar atualizações do seu sistema operacional. Nada muito especial, ao menos não atualmente.

FullRoom e MultiRoom

Daqui a alguns dias, completaremos um ano desde o anúncio original do HomePod. Sim, ele só chegou de fato ao mercado muitos meses depois, mas o fato é que dois dos seus principais recursos ainda não estão disponíveis para usuários.

O primeiro é o que a Apple chama de FullRoom, que é a possibilidade de você ter dois HomePods num mesmo cômodo e conectá-los de forma a ter uma experiência verdadeiramente estéreo e, obviamente, com o dobro de potência.

Aliás, falando em potência: a qualidade de som do HomePod é realmente sensacional e sua potência individual impressiona, principalmente considerando o tamanho. Mas há, é claro, um limite do que pode-se esperar em termos de potência de um alto-falante compacto assim. Um único HomePod certamente é suficiente para preencher bem um quarto ou uma sala pequena, mas se você curte som realmente alto e/ou pretende usá-lo em ambientes mais amplos, creio que a experiência dobrada deverá ser sensacional. Mas claro, aí já estamos falando num investimento de pelo menos US$700 nos EUA. Não é pouca coisa.

O outro recurso que ainda não chegou para usuários é o MultiRoom, o qual depende de a tecnologia AirPlay 2 chegar aos sistemas operacionais da Apple. Com isso, poderemos destinar a múltiplos HomePods, em cômodos diferentes, a reprodução simultânea de uma mesma coisa.

Tudo isso está em testes e aparentemente prestes a chegar com o iOS 11.4 e uma possível nova versão do sistema do HomePod (conhecido como “audioOS”, por sinal). Mas o fato é que, até a publicação deste review, a coisa ainda estava em beta.

Um erro ou um acerto?

O HomePod não é a minha primeira caixa de som equipada com AirPlay. Tenho, aqui na sala de casa, um par de Philips Fidelio SoundSpheres que são sensacionais e, até por serem maiores e duas, bem mais potentes do que o meu HomePod.

Sabem quantas vezes eu liguei a Philips, depois que chegou o HomePod? Uma. Para compará-los. E a diferença está justamente aí: ter que pegar um controle remoto, ligar e esperar as caixas iniciarem e se conectarem ao Wi-Fi para, então, estarem disponíveis para uso. A experiência com o HomePod e com basicamente todos esses smart speakers da atualidade é que eles estão sempre a postos — seja para ouvir um comando de voz, receber uma transmissão via AirPlay ou até servir como caixa de som wireless para a Apple TV.

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Desde que o HomePod ganhou seu posto cativo no rack aqui da sala, ele tem sido usado frequentemente por mim, pela minha esposa e até pela minha filhinha. Quando estou sozinho gosto de pôr o volume no talo (sorry, vizinhos!), mas curtimos ouvir coisas juntos e ele também já nos atendeu lindamente como som ambiente em festinhas/jantares que fizemos por aqui.

Penso seriamente, quando o recurso FullRoom estiver finalmente implementado, em investir num segundo HomePod e vender minhas Philips. Se a coisa funcionar como a Apple está prometendo, deve ser mesmo sensacional.

HomePod

Então não, eu não posso dizer que o HomePod é um erro. O que também está longe de colocá-lo como um produto acabado ou excelente, especialmente quando consideramos que uma das suas bases é a Siri. E é aí que está um dos grandes pontos positivos desse produto: ao menos a curto/médio prazo, boa parte da (ou toda a) sua evolução poderá se dar exclusivamente via updates de software. Algumas coisas que já podemos elencar, sem ordem específica:

  • Chegada oficial do FullRoom e do MultiRoom, com AirPlay 2;
  • Suporte ao calendário associado ao ID Apple do usuário;
  • Possibilidade de realizarmos ligações/chamadas de voz via FaceTime;
  • Possibilidade de ativarmos e termos múltiplos timers simultâneos;
  • Improvável abertura da sua camada Bluetooth para qualquer dispositivo;
  • Uma nova, repaginada e realmente inteligente Siri;
  • Reconhecimento de voz do usuário, respondendo certos comandos (pessoais) apenas para o dono;
  • Abertura de um SDK com suporte a outros apps, como o Uber, e serviços de streaming de terceiros, como o Spotify.

Percebam que tudo isso é apenas software. O hardware do HomePod é sólido e ele tem um processador mais do que capaz para receber novidades e melhorias como essas por anos a fio.

Não que o hardware, em si, não poderá/deverá evoluir. Claro que pode, inclusive a própria linha quem sabe venha a ganhar um modelo menor/mais em conta, segundo já apontam rumores. Mas não é o hardware, definitivamente, que determina hoje os pontos negativos do HomePod. E a Apple tem que explorar/aproveitar isso, se quiser conquistar alguma relevância no segmento.

A Apple precisava desse produto. Todas as suas principais concorrentes já tinham mergulhado de cabeça nisso e, depois do lançamento dos AirPods (um baita sucesso e, sem dúvida nenhuma, um acessório já mais “redondo” que o HomePod mesmo também estando em sua primeira geração), ela precisava também de um dispositivo para a casa/família que fosse dedicado não só ao Apple Music, mas também ao HomeKit.

Phil Schiller lançando o HomePod

Então sim, eu diria ser um acerto — só que um acerto ainda em desenvolvimento, porque definitivamente não dá para cravar, hoje, que o HomePod é o melhor produto na sua categoria e nem o que oferece o melhor custo/benefício para consumidores. Ele só deve ser a escolha dos que, como nós aqui do MacMagazine, estão totalmente ligados ao ecossistema da Apple e que, principalmente, conseguem vislumbrar evoluções em software tais como as que listei acima.

O fato é que, compreendendo exatamente o que o HomePod é hoje (conhecendo a Siri e sabendo das suas limitações), ninguém que comprá-lo vai se decepcionar. Eu diria exatamente o contrário, aliás: a qualidade e a potência dele realmente impressionam, e quem nunca teve uma assistente virtual disponível 24/7 em casa pode achar essa nova experiência um tanto curiosa/interessante.

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Logo da Go Imports

O MacMagazine realizou a cobertura de lançamento do HomePod graças à Go Imports, revendedora de produtos Apple que tem como objetivo fornecer produtos da Maçã a um preço justo no Brasil. Se você está pensando em comprar Mac, iPad, iPhone, Apple Watch ou acessórios Apple, a Go Imports é o lugar!

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