Na nossa querida república, poucas coisas corriqueiras denotam riqueza tanto quanto puxar um iPhone do bolso/da bolsa ou um iPad da mochila — e, vejam bem, não estou fazendo aqui qualquer juízo de valor em relação a isso, apenas atestando o fato de que a Maçã de Cupertino, em território nacional, transmite uma imagem de luxo e riqueza como não muitas outras. Talvez eu tenha um palpite do porquê.
Ainda assim, temos uma impressão de que esse é um fenômeno endêmico e que, em outros lugares (especialmente o “Primeiro Mundo”), ter um iPhone ou um iPad é a coisa mais corriqueira e sem significado do mundo. Bom, aparentemente não é bem assim.
Um estudo do National Bureau of Economic Research, publicado pelo Business Insider, mostra que o iPhone é o símbolo de riqueza mais comum dos Estados Unidos — ou, em outras palavras, no país natal da Apple, nenhuma outra marca indica que a pessoa que a possui é detentora de uma gorda conta bancária com tanto poder quanto “iPhone”.
Mais precisamente, os economistas da Universidade de Chicago Marianne Bertrand e Emir Kamenica, que lideraram a pesquisa, estimaram que ter um iPhone permite aos cientistas determinar corretamente que você faz parte da esfera mais rica da sociedade em 69% das tentativas — e quando eles falam em “esfera mais rica”, se referem aos 25% com maior renda dentro de uma faixa demográfica qualquer.
Curiosamente, ter um iPad foi o segundo indício mais forte de que uma pessoa é rica — no caso do tablet, os cientistas podem determinar essa informação corretamente em quase 67% dos casos. Outras marcas que indicam riqueza atualmente (ou em 2016, quando a pesquisa se realizou) incluem a Verizon Wireless, o Android, a Samsung e a HP.
É interessante notar a tendência histórica da pesquisa, documentada na tabela abaixo — em 1992, a segunda marca mais indicativa de alta renda era a (quase defunta) Kodak. Vejam só:
A pesquisa envolveu uma amostra de 6.394 entrevistados e dados da Mediamark Research Intelligence. Curioso, não?
via Cult of Mac