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Eddy Cue dorme nas reuniões da Apple e não medeia conflitos, diz perfil

Eddy Cue no palco da keynote da WWDC 2016

Eddy Cue é uma das figuras mais notórias da Apple atual e, certamente, ganhará ainda mais poder assim que as produções originais da empresa — que têm sido supervisionadas por ele — finalmente decolarem. Entretanto, a imagem do executivo pintada por um perfil publicado pelo The Information não é lá das mais positivas, não.

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Segundo a reportagem, que traz depoimentos de mais de duas dúzias de fontes anônimas que trabalharam com Cue ao longo dos anos, o vice-presidente sênior de software e serviços de internet da Apple é incansável — no sentido literal de trabalhar muito, esticar os braços até onde pode tomando responsabilidades além da sua capacidade e liderar com firmeza. Até por isso, ele é descrito como um líder respeitado e com vários seguidores leais, mas nem tudo é um mar de rosas. Vejam esse trecho:

É fácil para os empregados da Apple dizer quando eles perdem a atenção de Eddy Cue, o líder das cada vez maiores iniciativas de internet da empresa – dos seus negócios em música e vídeo ao seu serviço de mapas. Durante reuniões, Cue é conhecido por, às vezes, fechar os olhos e colocar a cabeça para trás, fazendo com que os outros participantes se perguntem se ele está olhando para o teto ou dormindo, disseram vários ex-empregados da Apple e um parceiro de fora — todos presentes em múltiplas ocasiões onde isso aconteceu nos últimos anos. Em ao menos duas dessas situações, Cue começou a roncar, disse uma fonte.

O problema todo parece ser justamente a quantidade de coisas em que o executivo trabalha ao mesmo tempo, muito mais do que preguiça ou qualquer coisa assim. O problema é que, ao menos de acordo com os analistas, quase todos os projetos liderados por Cue não seguem a cartilha da Maçã de liderar o bando e ditar as tendências; em vez disso, serviços como a Siri (que não está mais em suas mãos), os Mapas da Apple e o iCloud tentam correr atrás do prejuízo para que possam se equiparar a concorrentes mais sólidos e bem-avaliados.

Esses projetos, claro, têm diferentes graus de sucesso (ou fracasso); o Apple Pay, por exemplo, tem visto resultados extremamente positivos onde chega. O Apple Music também não vai nada mal e pode estar em vias, inclusive, de superar o Spotify nos EUA.

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O fato é que Cue não é infalível e, segundo as fontes, ainda tem falhas em outros pontos da sua administração — como na arte de gerenciar conflitos e crises. Quando a Apple comprou a Beats em 2014 (ideia que surgiu dele, é bom notar) e as duas empresas se viram numa encruzilhada em que as visões corporativas não batiam, o executivo se ausentou, deixando que outras figuras resolvessem o pepino. Quando o Apple Books (projeto liderado por ele) recebeu uma multa milionária por acusações de antitruste, Cue deu de ombros e disse que “ninguém mais lê livros”.

Um adendo interessante no perfil — como mostrou o iDownloadBlog — é que, em determinado momento, Cue liderou o desenvolvimento de um protótipo de Apple TV que traria entrada coaxial, para que você integrasse o ecossistema da caixinha aos serviços de TV a cabo — transformando o dispositivo em um concorrente dos TiVos da vida. O projeto nunca saiu do papel por discordâncias da Apple com os provedores de TV por assinatura, e, em vez disso, a Maçã preferiu transferir seus recursos para a criação do app TV e de um ecossistema de assinaturas via internet.

Agora, Cue se vê às voltas com a perspectiva de sucesso (ou não) do seu maior projeto na Apple até o momento, o “Apple Studios”. Investimentos não lhe faltam, ou vontade dentro da empresa. Será que é a glória ou um abalo para uma das figuras mais importantes da Maçã na última década? Veremos.

via AppleInsider

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