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Câmera dupla e iTunes Season Pass rendem mais dois processos à Apple

Steve Jobs em evento da Apple, falando sobre a iTunes Store
Steve Jobs em evento da Apple, falando sobre a iTunes Store

Recentemente, as mesas da área jurídica do Apple Park acordaram com dois novos envelopes contendo processos relativos a dois aspectos bem diferentes dos produtos da Maçã.

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Season Pass

O primeiro deles, como informou o Hollywood Reporter, tem a ver com o recurso Season Pass, da iTunes Store. Aos que não são familiares, trata-se de uma ferramenta que permite aos usuários comprar a temporada inteira de uma série antes da sua conclusão (ou mesmo antes do seu início) — pagando de forma adiantada, os novos episódios são baixados na sua conta assim que se tornam disponíveis, e você recebe um email avisando que o novo conteúdo já está pronto para ser assistido.

Steve Jobs em evento da Apple, falando sobre a iTunes Store
Steve Jobs em evento da Apple, falando sobre a iTunes Store

A questão é que um grupo de consumidores se sentiu lesado pela ferramenta por um aspecto particular dela: a Apple tem o costume de exibir, no ato da compra, o número total de episódios que o consumidor está adquirindo, mas esse número leva em conta também clipes promocionais ou outros conteúdos que não constituem capítulos “reais” da série em questão. Por conta disso, uma ação coletiva foi movida numa corte federal da Califórnia; a Apple está sendo acusada de propaganda enganosa, competição desleal, fraude e outros crimes previstos na lei americana.

Uma das partes queixosas afirma que comprou um Season Pass da série “Genius: Einstein” por US$25 com a impressão de que receberia 13 episódios da produção; na realidade, foram 6 episódios (que é o número total de capítulos da temporada, é bom lembrar) e 7 vídeos promocionais. Casos similares foram relatados por demandantes com séries como “Killing Eve”, “The Americans” e “Westworld”.

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O texto do processo afirma que “até que a Apple redesenhe sua iTunes Store, ou seja proibida de continuar fazendo representações falsas ou enganosas, os demandantes e outros consumidores vão continuar sofrendo esse prejuízo contínuo”. A Maçã não se pronunciou sobre o assunto.

Câmera dupla

O segundo processo do dia atinge uma área completamente diferente da empresa — a de hardware. Como trouxe o AppleInsider, a Maçã está sendo processada por uma suposta infração de patentes na tecnologia de câmera dupla aplicada em vários dos seus iPhones recentes, desde o iPhone 7 Plus até o iPhone XS Max.

Câmera traseira do iPhone Xs

A ação está sendo movida numa corte distrital do norte da Califórnia, e os demandantes são Yanbin Yu e Zhongxuan Zhang, dupla que afirma ter registrado em 1999(!) uma patente descrevendo tecnologia similar àquela utilizada pela Apple em seus smartphones mais caros. A patente descreve “câmeras digitais utilizando múltiplos sensores com múltiplas lentes” para melhorar a qualidade da imagem, e traz detalhes técnicos sobre como a proximidade de duas lentes distintas pode ser utilizada para capturar imagens de “intensidade distinta”, uma utilizada para melhorar a outra.

A Apple, por sua vez, também tem sua patente registrando a propriedade intelectual das câmeras duplas — seu pedido de registro, entretanto, foi realizado em 2008 e concedido em 2012. Os queixosos afirmam ter entrado em contato com a Maçã em 2011 para avisar sobre as “coincidências”, mas as conversas com o departamento jurídico da Maçã caíram por terra após algum tempo sem uma solução satisfatória, segundo eles.

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Yu e Zhang pedem o pagamento de danos pelos anos que dizem ter sido prejudicados pela infração da Apple; a Maçã, por sua vez, não se pronunciou.

via Apple World Today

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