O melhor pedaço da Maçã.
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Fábrica da Foxconn na China

Fugindo da China: México e Malásia poderão fabricar produtos Apple

Não é novidade que a Apple está tirando parte da produção de iPhones (e possivelmente outros produtos) da China. O motivo é claro: a guerra comercial com os Estados Unidos, que está prejudicando a empresa e poderá causar ainda mais danos a depender do humor do presidente americano Donald Trump.

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Essa guerra comercial, é claro, poderá passar. Mas a Apple aparentemente está decidida e outros motivos pesaram a favor dessa decisão: a taxa de natalidade menor, custos de mão-de-obra mais altos e o risco de centralizar excessivamente sua produção em um só país. Os seja, a ideia de diversificação de produção já devia rondar Cupertino há algum tempo, mas a guerra comercial deve ter servido de estopim.

A China, como sabemos, tem sido a base de produção da Apple há duas décadas. Hoje, são cerca de 5 milhões de empregos os quais dependem da presença da Apple no país — entram nessa conta os mais de 1,8 milhão de desenvolvedores de software e iOS, além dos 10 mil empregados da própria companhia no país. E essa importância não mudará tão cedo, já que uma implementação dessas não se faz da noite para o dia.

Ainda mais quando estamos falando de mudar de 15% a 30% dessa produção, segundo informou o Nikkei Asian Review — segundo a publicação, uma equipe de mais de 30 pessoas está discutindo planos de produção com fornecedores e negociando com os governos possíveis incentivos fiscais (levando em consideração regulamentações e o ambiente de negócios local) os quais podem atrair a Maçã.

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Atualmente, mais de 90% da produção da Apple acontece na China, mas parceiras da Maçã já confirmaram planos de montar operações na Índia, na Indonésia e no Vietnã. O veículo asiático, contudo, levantou a possibilidade de México e Malásia também entrarem na joga.

O desejo da Apple não será fácil de ser realizado. Nos anos 2000, a China fez uma grande investimento estrutural para acomodar tais produções, e talvez esses outros possíveis países não conseguirão criar um cenário similar tão rapidamente. Exemplo: alguns fornecedores da Apple já “perderam” de três a cinco meses avaliando um local para depois descobrir que havia um risco de escassez de energia — o que, é claro, inviabiliza qualquer possibilidade. Sem falar que, depois dessa analise e da escolha dos locais, as parceiras da Apple precisam de, no mínimo, 18 meses para começar a produção num ritmo de teste.

A Apple, é claro, não comentou nada sobre o assunto, mas aparentemente a ideia de “fugir” da China já é um consenso entre os executivos-chave de Cupertino.

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