Ninguém sabe ainda quando o Apple Watch Series 7 chegará às mãos dos consumidores, mas alguns detalhes ainda não divulgados sobre o reloginho estão começando a vir à tona — detalhes, inclusive… curiosos, por assim dizer.
Dando uma olhada em documentações relacionadas ao dispositivo na Comissão Federal de Comunicações (Federal Communications Commission, ou FCC) dos EUA, os analistas da Barclays Blayne Curtis e Tom O’Malley descobriram que o Apple Watch Series 7 possui um novo módulo, capaz de realizar transferência de dados sem fio a 60,5GHz. A questão é que, pelo visto, esse recurso não poderá ser acessado pelos usuários.
De acordo com o documento, o módulo é ativado apenas quando o Apple Watch é posicionado em um dock proprietário, conectado à energia via USB-C. É provável que esse dock seja utilizado apenas pelas lojas da Apple e pelos seus Centros de Serviço Autorizados, sem disponibilidade para o consumidor final.
Tal recurso permitiria que os profissionais de reparo salvassem mais rapidamente, por exemplo, um backup do Apple Watch antes de fazer o conserto ou a troca do dispositivo. Não há informações sobre as velocidades de conexão do módulo, mas de acordo com o MacRumors, transferências de até 480Mbps (mesma velocidade do USB 2.0) seriam possíveis — uma taxa bem satisfatória para um aparelho de armazenamento interno modesto como o Watch.
A conexão também pode ser útil para transferir dados de diagnóstico, mas todos os modelos do reloginho lançados até hoje já contam com uma porta de diagnóstico própria — fica a dúvida, portanto, se o Series 7 mantém a porta, escondida em uma das cavidades de conexão das pulseiras.
Pistas para o futuro
De acordo com Steve Troughton-Smith, entretanto, a descoberta do módulo pode indicar os caminhos que a Maçã pretende seguir não apenas para o futuro do Apple Watch, mas também do iPhone. Segundo o desenvolvedor, a tecnologia abre espaço para um futuro smartphone com tecnologia MagSafe melhorada, capaz de transmitir energia e dados — e dispensando, portanto, a porta Lightning (e qualquer outra conexão física) de uma vez por todas.
Troughton-Smith sugere que a mesma tecnologia possa já estar presente nos iPhones 13, mas para isso teremos de aguardar os desmontes. Alguns seguidores do desenvolvedor, por outro lado, sugeriram nos comentários que a Apple pode estar testando a tecnologia no Watch — um dispositivo menor, no qual o recurso não seria tão crítico — antes de fazer a estreia no “horário nobre”, por assim dizer.
Vejamos, portanto, o que o futuro nos trará.