O Marco Andrei me mandou dica do seguinte vídeo de uma recente reportagem da rede de notícias CNN apresentando o Zune, MP3 player da Microsoft que chegou ao mercado se posicionando como mais um “iPod-killer”.
Se Bill Gates realizará seu desejo, só o tempo dirá; por enquanto, o iPod domina com 70% de market-share mundial. De início, as coisas não vão muito bem pra empresa da borboleta (heh, Lu!), assistam:
O vídeo prova que o Zune ainda não oferece, dentre os benefícios apresentados em relação ao iPod, nada que seja realmente crítico e que pudesse fazer uma grande massa de pessoas trocarem seus iPods pela solução da Microsoft.
Um dos recursos mais divulgados pela companhia e pela imprensa é a capacidade de troca de arquivos sem-fio do Zune, conhecida como Wi-Fi. O grande problema disso, como o repórter do The New York Times mostra, é que ele só funciona de Zune para Zune. Além disso, existem uma série de restrições sobre as músicas que podem ser compartilhadas e, nas que podem, o usuário que recebe o arquivo só pode ouvi-lo 3 vezes em um período de até 3 dias. E isso tudo eliminando o outro lado da moeda: usar Wi-Fi certamente come uma bateria lerda desses aparelhinhos.
Ele também nota que o Zune é mais pesado do que os iPods video e que ele não reproduz músicas compras na iTunes Store. Até aí tudo bem, vocês diriam. Pior: ele não reproduz canções nem mesmo de serviços como o Napster, que até o lançamento do Zune eram apoiados pela Microsoft. Ou seja, a menos que você tenha uma biblioteca composta apenas de faixas ripadas dos seus próprios CDs — sem proteção –, se você quiser comprar o Zune terá que iniciar sua coleção do zero.
A melhor parte da reportagem, porém, fica para quando a apresentadora tira o seu próprio iPod shuffle do bolso e passa a vangloriá-lo. “Aí está algo que é bem mais sexy que este aqui”, diz o repórter enquanto segura o Zune. “Why don’t they get some decent design people to make things look better?”, ou “Por que eles não contratam bons designers que possam fazer seus produtos aparentarem melhor?”, fecha com chave-de-ouro o apresentador da CNN.
Atualização (19/11/2006 às 10:05): a parte final do texto desse artigo havia sido cortada por algum motivo. Agora está completo.