Acho que o post de ontem do Nelson foi uma indireta pra mim, já que ele soube da novidade antes de vocês. Pois é, na sexta passada (24/11) chegou meu novo iPod video 80GB White, alguns meses depois de decretada a morte do meu 1º e único iPod até então, um photo de 40GB.
Já que toquei no assunto, tenho novidades: um amigo meu fanático por eletrônica e Macs, também leitor do blog — o Fernando, resolveu fazer uma autópsia no meu iPod e detectou o real problema: o conector do cabo flat do HD com a placa é o que realmente tinha trincado. O legal é que achei um indivíduo vendendo a placa junto com o flat de um modelo parecido com o meu no MercadoLivre, e acho que vou arriscar comprá-la para tentar ressuscitar o bichinho. Caso ainda assim não tenha sucesso, ele vai ver se arruma um jeito de conseguirmos pelo menos reutilizar o HD do iPod; se rolar, eu vou comprar um case legal pra ele e usar como backup aqui em casa, junto o Western Digital de 60GB que já tenho há alguns anos.
Pois bem, ao meu novo xodó: o iPod é geração 5.5G, dos últimos lançados — o modelo com maior capacidade de armazenamento até então. Em relação à geração 5G, cujo modelo topo oferecia 60GB, ele agora possui uma tela 60% mais brilhante que o anterior (eu confirmo!), suporte a gapless playblack, novo recurso de busca por músicas diretamente pelo iPod (usando um teclado virtual que você navega pela própria Click Wheel) e uma nova bateria que promete até 20 horas de reprodução de músicas e 6,5 horas de vídeos. Os 80GB de capacidade, de acordo com a Apple, permitem que você armazene até 20.000 músicas ou até 100 horas de vídeos. Lá fora, ele custa US$349.
O que vem na caixa?
A caixinha do novo iPod — bem menor do que a do meu photo antigo, diga-se de passagem — segue o estilo Apple e, junto com o aparelhinho, vieram também um Quick Start Guide, certificado de garantia, dois adesivinhos brancos clássicos da maçã, o adaptador para Dock universal, novos headphones, cabo USB 2.0 e uma capinha preta de veludo, bem legalzinha. Já comprei — também no ML, porém, um pacotinho de 6 iPod Socks, até porquê minha namorada também está precisando, pro iPod nano novo dela.
Display
São as 2,5 polegadas de tela mais lindas que já vi em toda minha vida. Do lado do iPod, a tela do meu iMac G5 fica escura, é impressionante. A Apple não está brincando quando fala que são até 60% mais brilhantes que a geração anterior. Com a backlight desligada, a visualização fica um pouco comprometida — depende da iluminação natural de onde estiver. Com ela ligada, é de chamar a atenção de qualquer um. Para assistir os vídeos no iPod, não há nada melhor. É possível, claro, regular a intensidade no brilho pelos Settings do iPod. Quanto mais brilho você quiser, mais bateria irá comer.
iPod+iTunes
Sincronizá-lo com o iTunes foi tranqüilíssimo, como sempre. Ao conectar o iPod pela primeira vez, ele faz uma rápida otimização no software do aparelho e o reinicia; a partir daí, ele já aparece montado no desktop com seu ícone correspondente e o iTunes lança um rápido assistente de configuração do iPod, onde você define seu nome e se quer gerenciar os dados nele automática ou manualmente, por exemplo. Pela quantidade de coisas que tenho em minha biblioteca, o processo de sincronismo demorou boas duas horas, aproximadamente.
No final, fui alertado de que 2 dos meus vídeos não foram copiados porque não estavam em formato adequado para reprodução no iPod. Pelo próprio iTunes fiz a conversão e depois enviei-os para o aparelho, sem problemas.
A integração iPod+iTunes agora é total e todo o gerenciamento dele é feito pelo próprio programa. Updates de software, por exemplo, são notificados e executados diretamente pelo iTunes. Por acaso, o meu iPod já estava up-to-date quando conectei-o no meu iMac. A Apple também adicionou à tela principal de gerenciamento do iPod um gráficozinho bacanudo para facilitar a visualização do espaço que está sendo ocupado no aparelho, separando por cores os tipos de dados: músicas, fotos, vídeos etc.
Fotos no iPod
Uma das coisas mais legais dos últimos modelos de iPods são as novas transições de slideshows de fotos. Quanto possuía o iPod photo, a única opção era a Wipe, simplezinha demais. Agora, até a famosa Cube já foi incorporada.
Como sempre, é possível assisti-los ouvindo músicas de fundo e setar por quanto tempo deseja que cada foto apareça — ou então navegar manualmente. Também novidade da última versão é a integração com o Aperture, necessidade para mim, que já abandonei o iPhoto há bastante tempo. A integração é total: criei um álbum inteligente no Aperture que reúne as fotos adicionadas na biblioteca nos últimos 3 meses, e selecionei este álbum como o que quero que esteja sempre sincronizado com o iPod. Desta maneira, posso sempre mostrar as últimas fotos para amigos e familiares, onde quer que eu esteja.
Podcasts
Ouvir podcasts em iPods é muito bom, aliás, é perfeito. Em casa, não costumo ter muito tempo livre para ouvir podcasts. Digo isso porque gosto de estar concentrado enquanto ouço podcasts, é diferente de escutar música. Não consigo ler um artigo na internet ao mesmo tempo que ouço um podcast, mas ler com Enya de fundo não é problema.
Por isso, o iPod permitirá que eu volte a escutar meus podcasts preferidos; é ótimo poder ocupar meu tempo dirigindo, esperando para ser atendido no médico, aguardando um professor chegar para dar aula — seja lá o que for, enquanto aprendo e adquiro mais conhecimentos através de podcasts. Sim, estão cheio de podcasts por aí que ensinam coisas pra caramba!
Só neste primeiro final de semana com o iPod — que coincidentemente fiz uma viagem de carro até Aracaju (estou em Salvador) — já escutei mais de 4 horas de episódios atrasados de alguns podcasts que acompanho. Que beleza!
Novos headphones?
Em uma palavra? Reprovados. O teste de fogo foi, mais uma vez, durante o final de semana. De sexta até domingo à noite ouvi horas e mais horas do iPod, usando os headphones que vieram com ele — foram relançados nessa nova geração. Não gostei, não me adaptei. São, talvez, um pouco maiores do que eu gosto, e um tanto desconfortáveis. Claro que isso pode ser uma opinião pessoal, mas o artigo é meu, não é? 🙂
Em termos de beleza e qualidade de som, não preciso nem falar nada. São demais. Felizmente, porém, sou um feliz e satisfeito comprador de headphones Sony Fontopia (também branquinhos e tudo mais) — que não foram nada baratos, então esse veredito dos headphones do iPod não foi nada desanimador para mim, já que poderei continuar usando-os sem dó de ter fones novinhos do iPod guardados sem utilidade. Pois bem, estes já voltaram pra caixa.
Vamos lá, Jobs… cadê o FM?!
Eu digo e repito isso sempre: falta FM nos iPods. Tá certo que já existem diversos acessórios — inclusive da Apple — que já adicionam essa funcionalidade aos aparelhos, mas se até os Fostons têm, por que os famigerados iPods não podem ter? Não creio que isso seja algo tão dispendioso para a Apple e nem um desafio de engenharia para o time de Jonathan Ive.
Por mais que 80GB sejam suficientes para eu armazenar quantas músicas eu puder ter, de vez em quando é interessante poder variar e ouvir um pouco do inesperado das rádios. Mais que isso, podcasts não substituem as rádios noticiosas tradicionais: na configuração que são vendidos hoje, os iPods não podem ser usados como fontes de notícias on-the-go, e acho que isso também poderia ser usado como uma ótima alavanca de marketing pela Apple.
Conclusão
É bom ser um iPod-user mais uma vez. Minha maior preocupação, acreditem ou não, se chamava backup. Felizmente, toda a minha biblioteca do iTunes já está sincronizada com ele, e é mais uma segurança para mim. Ainda assim, 55GB de dados e anos de procuras, downloads e organização de tudo não são de se jogar fora: vou gastar umas boas 12 mídias de DVD e fazer ainda outro backup de segurança disso tudo. Redundância em backups é o melhor que se pode ter.
Mais fotos no Flickr.