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Coisas que me irritam

Sir Bernardo Bauer me convidou para participar de um meme que rola atualmente na blogosfera nacional sobre “5 coisas que nos irritam”. Já que durante as últimas semanas fui bem ausente e pulei alguns convites (estava curtindo um pouco, precisava), vou responder este de bate-pronto:

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  1. Guardadores de carro ambulantes: aqui em Salvador é moda há um tempinho, já. Os mesmos que vendem queijo coalho na praia ou que aos domingos paradões viram batedores de carteira pela cidade (melhor quando infestada de turistas, como agora) “conquistam” zonas de estacionamento perto de bares, boates e shows e se intitulam “seguranças” dos carros das áreas em que atuam. Até papelzinho com a cobrança eles já têm, a média agora por aqui é R$5,00. Ou você paga ou — pode crer — quando voltar verá seu carro arranhado, com pneu baixo e nunca mais ver ver o focinho do indivíduo. Eu procuro não arrumar briga, mas não pago o que pedem e não pago quando chego — que é o que sempre querem; bonitos, eles, depois somem e quando eu volto meu carro está largado. Normalmente falo que pago, mas quando voltar; se o cara está trabalhando mesmo e vai ficar lá até o final da noite, receberá — claro, aí rola a velha desculpa de que gastei tudo lá dentro ou que a máquina do cartão não estava funcionando e qualquer 2 contos os satisfazem. Afinal, eles não têm muita escolha. E o pior de tudo: pagamos para não ferrarem nosso carro, porque esses que “guardam” são os mesmos que “tomam” em outros dias, e mais: eu boto a minha mão no fogo que nenhum desses espertos faria alguma coisa caso tentassem roubar meu carro ou coisa do tipo. Iam é apoiar. Ô, raça.
  2. Garçom mentiroso: não sou do tipo que coloca culpa em quem não merece levar a culpa. Garçons sofrem, coitados. Quê que eles têm a ver se a comida veio sem sal ou o molho não foi suficiente? Claro, eles são os “porta-vozes” dos mestres-cuca, mas em grande parte das vezes são os que levam o tranco e têm até a 5ª ou 6ª geração das famílias ofendidas. Enfim, quis ser um pouco solidário com eles, mas é outra profissão que irrita, devo dizer: se você não dá uma gorjeta especial ou tem cara de que não vai pagar os 10%, sua mesa é ignorada. Eu passei por uma experiência que foi o cúmulo do absurdo: em um bar badaldo de Ribeirão Preto (Jordiano, seu nome) nos irritamos depois de 20 minutos sem sermos atendidos e fui dar um toque amigável no garçom pedindo que trouxesse mais chopps para a mesa, caso contrário seria difícil agradá-lo com os 10%. Sua resposta: “Não vai pagar? Então não atendo mesmo.” Fiquei indignado e fui ao gerente: a resposta foi a mesma! “Eles não têm obrigação de lhe servir caso não pague os 10%.” Eu só não me exaltei e fiz de tudo para fechar o bar porque estava de passagem pela cidade, mas esse tipo de afirmação é crime e pode rápida e facilmente fechar um estabelecimento. Mas o que mais me irrita mesmo, e aí volto ao título do tópico, onde os chamei de “mentirosos”, é quando tentam ser gentis dizendo que o prato “já está saindo” e ainda esperamos mais meia-hora ou mais de 1 hora até a comida chegar. Por que diabos não falam que vai demorar mais 1 hora e meia, que seja, e trazem o prato antes do tempo, pra deixar o cliente feliz? Preferem mentir afirmando que em 5 minutos tá chegando e depois quebram a cara quando demoram mais 45. Eu com fome fico de mal-humor, então já viu.
  3. Esperar: eu acho que ninguém gosta de esperar, então esse deve ser unanimidade. Tal como os garçons do tópico anterior, tenho alguns amigos muito legais comigo que adoram dizer que já estão prontos pra sair, me fazem ir até suas respectivas casas (pra dar carona!!) e quando chego ainda fico esperando umas dúzias de minutos na porta para as “moçoilas” se arrumarem. Tal como o Berna falou em seu post, este está diretamente ligado à atrasos: aqui em Salvador isso é um problema. Eu já tive a engraçada experiência de chegar em um aniversário pouco mais de 1 hora e meia depois do horário marcado no convite e o aniversariante ainda não ter chegado!! Aqui, se você quiser que todos estejam em algum lugar às 21h, marque às 19h. Todos chegarão pontualmente.
  4. Internet lenta: acho que todos ainda vamos dar muita risada do que temos hoje em termos de velocidade de navegação na web. Aliás, até já rimos um tanto dos tempos de linha discada e modems de 14.400kbps, 33.600kbps ou 56.000kbps, mas ainda assim o salto para nossa atual situação não foi lá tão revolucionário. Chegaremos à um estágio — espero que em breve — em que não haverá mais distinção em planos de conexão, será uma velocidade só, e tudo será instantâneo. Esqueçam esperas para fazer downloads, assistir filmes inteiros em alta-definição via streaming ou escutar rádios online, que dirá para carregar sites comuns. O que temos hoje é algo passageiro.
  5. Engarrafamentos: eu gosto muito de dirigir, adoro viajar de carro e tenho muitos planos para passear pelo Brasil inteiro com alguns amigos. Mas ficar preso em engarrafamentos é demais. E isso sempre acontece quando estou com muita pressa e preciso chegar em casa ou onde quer que esteja indo o mais rápido possível. Nessa minha viagem em férias nas últimas semanas, passei por uma dessas, mas pelo menos estava bem acompanhado e a coisa não foi tão traumática: um trecho de 100km, que faríamos em 1 hora facilmente em uma situação normal, demoramos 4 horas. E durante o dia, sol à pino, e sem ar-condicionado no carro. É de matar.

Como de praxe, agora acho que tenho que convidar alguém para continuar o meme. O convite vai para o Laert, do Animale Irracionale.

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