Instalei hoje o build 4124 do Parallels Desktop 3.0 aqui no meu MacBook Pro. Com mais de 50 novos recursos, de acordo com a fabricante, a ansiedade para testá-lo foi maior do que esperar sequer um cobaia me dizer que tá tudo beleza e estável. O resultado foi este:
Pela segunda vez na vida do meu MacBook Pro, tenho um kernel panic por causa do Parallels. Abri o programa, dei uma olhada nas preferências, reconfigurei minha máquina virtual (e ele já converteu ela para a nova versão — processo bem rapidinho, devo dizer) e quando fui iniciar o Windows XP, pumba!
Achei que seria um bug generalizado da nova versão, mas felizmente depois de reiniciar o Mac, ele abriu direitinho. E, devo dizer, está rápido! Gostei, também, da possibilidade de definir a memória máxima usada pelo programa via suas preferências, e não apenas a memória RAM virtual alocada por sistema. Ele te pergunta, também, se quer dar preferência em performance para a máquina virtual ou para o Mac OS X.
A primeira coisa que notei após instalar o Parallels Tools atualizado e reiniciar o Windows foi o aparecimento do drive C da máquina virtual montado no Desktop do Mac OS X. Integração maior, impossível. Agora, além da pasta compartilhada do Mac OS X que posso acessar via Windows Explorer, também posso navegar pelo drive do Windows via Finder. Sem falar nas funcionalidades drag&drop entre um sistema e outro, claro, que continuam presentes e funcionam muito bem.
A barra de ferramentas do Parallels ganhou um novo visual e novas funcionalidades. Na ordem: Stop Virtual Machine, Pause Virtual Machine, Start Virtual Machine, Full Screen Mode (agora muito mais suave e rápido), Coherence (ainda melhor), Create a Snapshot (“fotografa” o sistema no seu estado atual, caso queira recuperá-lo posteriormente — funciona como um backup generalizado), Revert To a Snapshot e Run Snapshot Manager (para quem ainda não estiver familiarizado com o recurso).
Uma das coisas que sempre me irritaram no Parallels e que ainda persiste na nova versão é o fato de que a tecla Command (Maçã) funciona como a tecla Windows de PCs. Até aí tudo bem, vocês podem pensar, seria, de fato, a equivalente; o chato é quando isso se torna um transtorno na medida que a tecla Command é usada para a grande maioria de atalhos no mundo Mac.
Quando quero alternar entre aplicativos, por exemplo, muitas vezes gosto de usar a combinação Command+Tab, que acaba por abrir o menu Iniciar do Windows. O mesmo ocorre quando quero tirar uma foto da tela, com Command+Shift+3 ou Command+Shift+4. Ele podia ser um pouco mais inteligente com relação à isso.
A integração dos sistemas está ainda maior, e agora a lista de aplicativos de ambos é compartilhada. Isso permite que façamos coisas como isso:
É possível, por exemplo, definir que todos os links de páginas da web sejam abertos no Firefox do Mac, ou que emails sejam direcionados sempre para o Mail.app. Se quiser, apresentações podem sempre abrir no PowerPoint dentro do Windows. Um “chama” o outro sempre que necessário.
Aproveitei a oportunidade pra me atualizar também, hehehe:
Só não tive chance, ainda, de testar a nova aceleração 3D do Parallels Desktop 3.0 com nenhum jogo que rode nativo no Windows via DirectX. Depois eu vejo isso. No geral, eu gostei.