Vejam a situação: uma rede Wi-Fi aberta levou a polícia dinamarquesa a um suspeito por roubo de cartões de crédito. Chegando na casa do sujeito, evidentemente, quiseram confiscar o seu computador.
Quando viram o iMac (de 1ª geração) do companheiro de quarto do sujeito, quiseram saber onde estava o computador de verdade; não queriam saber “só de uma tela.”
Acompanhem o diálogo:
POLÍCIA — Temos a permissão do seu colega de quarto para confiscar seu computador.
SUSPEITO — Tudo bem, tanto faz.
P — Aonde está o computador?
S — Na mesa. Isso é o computador.
P — Não, o computador.
S — Esse é o computador, cara.
P — Essa é a tela. [usando o tom de voz que usamos para explicar para o primo de 6 anos de idade como a torradeira funciona] Eu quero saber do computadoooooor, entende?!
S — Bicho. Isso é todo o computador. Isso aí.
P — Não. Onde os daaaaaados vão. A parte do computador.
S — Esse é o computador. Caramba!
P — Então esse é todo o computador, isso aí?
S — …
P — Nova tecnologia, hein?
S — [limpei a poeira do teclado e entreguei-o] Posso checar seu distintivo mais uma vez, por favor?
E a história não termina aí. O policial ficou confuso quando o pobre suspeito teve que lhe explicar como que, em outro computador com apenas duas semanas de vida, ele podia ler emails de novembro pelo seu computador (ele não conhece Hotmail, Gmail, Yahoo! Mail…). Queria porque queria saber aonde ele estava “na noite do dia 15” — provavelmente quando ocorreu a fraude.
Mais que isso, não conseguia compreender como que um vizinho poderia entrar na sua rede Wi-Fi aberta. “A internet não funciona dessa forma”, terminou o policial.
Quem sabe não são só meus dois conhecidos que precisam se informar um pouquinho mais.
[Dica do Zé Carlos, obrigado!]