A matéria ao lado (clique para ampliar) foi veiculada hoje no caderno quinzenal Eureka!, do Diário Catarinense, jornal do Estado de Santa Catarina.
A base do artigo é um assunto já bastante discutido e divulgado por aqui, sobre as dezenas de clones e produtos no mínimo “inspirados” no iPhone; o quanto ele revolucionou a indústria dos telefones portáteis; e como estabeleceu um novo padrão para todos os players do mercado.
Algo que me chamou a atenção foi uma citação de Geesung Choi, executivo-chefe de negócios de telecomunicações da Samsung:
Há a percepção de que o iPhone é um telefone, mas não é. É um tocador multimídia. Talvez devesse ser rebatizado.
De fato, entramos na velha discussão da galinha e do ovo. O iPhone pode ser visto como um tocador multimídia que também fala, ou um telefone que também é tocador de multimídia. Mas a afirmação dele tende a afirmar que a Apple estaria divulgando o produto como algo que não é. Arriscado.
Ele acredita no caminho inverso ao dos aparelhos all-in-one:
[…] a tendência em direção aos telefones móveis multifuncionais mudará com o tempo. O mercado […] se fragmentará à medida que os consumidores procurarem por telefones móveis com funções que atendam a suas principais necessidades, como conectar-se à web ou assistir a filmes e à TV.
Ao mesmo tempo que eu valorizo hoje em dia produtos especializados (prefiro algo que faça muito bem o que preciso a algo que faça diversas coisas, todas apenas de forma razoável), eu acredito na tendência de unificação dos produtos — claro, cada um dentro do seu nicho.
O próprio iPhone mostra que, ao tentar fazer de tudo um pouco, muitas coisas ficam pendentes, por maior que já seja a sua qualidade e por mais completo que seu software já seja, mesmo em sua versão atual. Talvez por isso eu ainda não tenha comprado um pra mim.
[Matéria digitalizada pelo Rafael — Floripa, muito obrigado!]