Como o MacMagazine informou em 2019, a Apple entrou na mira do Departamento de Justiça (Department of Justice, ou DoJ) dos Estados Unidos e passou a ser investigada pelo órgão por causa de supostas práticas anticompetitivas que a empresa teria/tem praticado.
Trata-se de uma investigação antitruste que avalia, principalmente, o controle rígido da Apple sobre a App Store, a qual é a única fonte de aplicativos para iOS/iPadOS — e ainda dá à Maçã um percentual de até 30% de toda a receita gerada por lá.
Os promotores do DoJ esperavam concluir a investigação ainda neste ano, o que tornava 31 de dezembro a data limite para eles decidirem se processariam ou não a Apple (que já enfrentou um processo para lá de turbulento contra a Epic Games, diga-se).
De acordo com o POLITICO, no entanto, quem esperava ver o DoJ tomar uma decisão sobre o caso agora deverá esperar mais alguns meses. É que o órgão está enfrentando problemas financeiros, principalmente após o golpe contra o projeto de lei de gastos sociais e climáticos encampado pelo presidente americano Joe Biden.
Caso tivesse sido aprovado, o projeto de lei teria dado ao DoJ um impulso de US$500 milhões para o prosseguimento da investigação antitruste, mas agora ele deverá ser votado apenas em janeiro (pelo menos é o que querem os senadores democratas). Com isso, uma decisão sobre o eventual processo contra a Apple poderá sair apenas a partir de março.
Além da Apple, o DoJ investiga o Google, que vem enfrentando acusações em torno da tecnologia usada para comprar e vender anúncios os quais são exibidos online em muitos sites.
Ainda segundo o site, o enfrentamento a essas duas empresas é uma grande preocupação em termos financeiros para o DoJ, já que cada uma delas tem valor de mercado superior a US$1 trilhão — o que poderá eventualmente dar ao órgão um enorme prejuízo.