Ao que tudo indica, Mark Hamburg acaba de deixar a Adobe para trabalhar em uma melhor interface gráfica para usuários do Microsoft Windows. Até alguns dias atrás, ele era considerado o guru da Adobe Systems, nos departamentos do Photoshop e Lightroom.
Mark não hesitou em agarrar a oportunidade de, pela primeira vez em muito tempo, poder aplicar sua experiência e conhecimentos em interfaces fora do ramo de softwares gráficos. Ele mesmo comentou: “Levando em conta que considero a atual experiência com o Windows muito irritante e tenho que, constantemente, lidar com ela, essa oportunidade foi boa demais para ser recusada”.
Ele trabalha na Adobe desde a versão 2.0 do Photoshop, em 1990. Depois que sua versão 7.0 foi lançada, direcionou seus esforços para o Shadowland, projeto que se tornou o Photoshop Lightroom. Apesar de usar o mesmo nome do famoso editor de imagens, o catalogador de fotografias — concorrente do Aperture, da Apple — já foi uma imensa quebra da interface tradicional do Photoshop.
O Lightoom facilita o fluxo de trabalho do usuário, colocando tudo de que este precisa nas pontas dos dedos, sem muitos menus e sub-menus intermináveis, muitas caixas de diálogos ou painéis configuráveis.
A própria Adobe está tomando muito cuidado ao fazer mudanças na interface do Photoshop. A Microsoft já tem em seu portfólio um caso que gerou muitos problemas, o chamado “ribbon”, que surgiu em toda a suíte de programas do Office 2007.
É claro que desenhar uma GUI para um produto com possibilidades limitadas — como o Lightroom — é bem diferente de se trabalhar numa interface para todo um sistema operacional. Mas, mesmo assim, é interessante pensar nos conceitos que Mark poderá levar à Microsoft quanto à usabilidade dos mais variados recursos, visando evoluções em elegância, personalidade e poder para o Windows.
Ele terá bastante trabalho, isso com certeza. 🙂