A Adobe anunciou hoje que está trabalhando com a ARM para habilitar suporte ao Flash Player 10 e aplicativos AIR em seus processadores, expandindo o alcance da plataforma para centenas de milhões de telefones celulares, set-top boxes, TVs, sistemas automotivos multimídia, PMPs e aparelhos de computação móvel em geral — até então limitados ao Flash Lite.
A otimização conjunta de tecnologias visa o ARMv6 e o ARMv7, utilizados nas linhas de processadores ARM11 (do iPhone) e Cortex-A — ambos com previsão de disponibilidade para a segunda metade de 2009. De acordo com um porta-voz da companhia, aparelhos com clock de pelo menos 200MHz e cerca de 16MB de RAM — com um bom navegador, é claro — poderão renderizar conteúdos em Flash sem problemas.
Esta parceria iniciou-se no Open Screen Project, uma iniciativa patrocinada pela Adobe que visa estender o alcance do Flash Player e do AIR através de um ambiente de execução consistente. Ela pretende resolver os problemas e desafios da navegação moderna pela Web, removendo barreiras para publicação de conteúdos e aplicativos através de qualquer tipo de tela. O Flash Player, inclusive, será disponibilizado livre de royalties para todos os participantes do projeto.
Com este anúncio, produtos como a plataforma Tegra (baseada em chips ARM), da NVIDIA, tornam-se muito mais interessantes. Outras companhias que já fabricam produtos baseados em processadores ARM incluem Samsung, Broadcom, Freescale, Samsung e Texas Instruments. Nenhuma menção foi feita em relação a Apple, mas as novidades relacionam-se bastante às tecnologias utilizadas no iPhone. O smartphone da Maçã utiliza hoje um processador ARM 1176 da Samsung e depende do OpenGL ES 2.0 para a aceleração dos seus efeitos visuais.
Recentemente, a Adobe afirmou que só depende da Apple para lançar o Flash Player para o iPhone.