Aplicativos web como o Google Docs, estão ganhando cada vez mais força, hoje em dia. Isso fez surgir uma nova tendência entre os navegadores, que explorarei neste artigo.
O Safari 4, que ainda está em fase de testes, tem um novo recurso feito para as pessoas que usam aplicativos web: “Salvar como aplicativo web”. A idéia dele é criar um aplicativo com a engine WebKit embutida, possibilitando a execução de aplicativos web como se fossem programas normais, sem a necessidade de abrir um navegador e ir até o endereço.
A Mozilla também tem um projeto semelhante desde outubro de 2007, antes conhecido como WebRunner — o Prism. A idéia é basicamente a mesma, criar executáveis a partir de aplicativos web.
Eu instalei a versão para o Firefox do Prism, que também conta com uma versão que pode ser instalada sem a necessidade do Firefox. Instalei também o Safari 4, para poder comparar as duas soluções.
O Prism adiciona um item no menu “Ferramentas” do Firefox para converter o site em aplicativo. Ao clicar nesta opção, é aberta uma janela de opções para a criação do aplicativo como atalho no Dock ou na Mesa (Desktop), mudar o ícone do aplicativo e adicionar ou não alguns elementos de navegação.
Após a conversão, o resultado é uma janela do Firefox sem nenhum elemento da interface, apenas o nome do aplicativo web, a página em si e um ícone baseado no favicon do site, muito mais leve e fácil do que usar o navegador.
No Safari, a opção do menu aparece no menu “Arquivo”. Quando clicado, a janela de opções é bem mais simples do que a janela do Prism, contendo apenas um campo para colocar o nome do aplicativo e onde ele será salvo. Por padrão, ele é armazenado dentro de uma pasta chamada Safari Web Applications
.
Ao abrir o aplicativo feito pelo Safari, nota-se que ele é bastante parecido com o gerado pelo Prism, com uma diferença muito importante: o aplicativo do Safari usa a barra de menus do próprio Mac OS X, enquanto o Prism não usa; ao invés disso, aparece apenas um menu com o nome Firefox.
Compare:
Um problema encontrado é com relação ao ícone. A Mozilla resolveu usar o favicon, mas essa solução é um tanto deselegante pois favicons são criados na resolução de 16×16 pixels, enquanto os ícones do sistema vão até 512×512. Ao menos o Prism tem a opção de colocar uma imagem no lugar do favicon. A Mozilla continua trabalhando neste problema, tentando fazer uma versão estilizada do favicon em 512×512 baseada em pixel art.
A solução dada pelo Safari é diferente do Prism. O ícone criado é uma screen-shot do aplicativo com um ícone do Safari no canto.
Apesar de resolver o problema de resolução causado pelo uso de favicons, a solução também não é das melhores, pois o ícone não fica muito legível no tamanho pequeno. Neste caso, a solução do Prism ganha a parada.
Infelizmente a solução do Safari parece que ainda não está funcionando direito, pois quando o aplicativo pede um redirecionamento, ao invés de abrir na mesma janela ou em uma nova janela do aplicativo — como o Prism faz —, ele abre uma janela do navegador padrão do sistema, uma falha que faz a solução do Safari perder sua função.
Essa nova função do Safari e do Firefox (como extensão) pode aumentar a popularidade dos aplicativos web, pois facilita seu uso oferecendo um ícone de acesso direto com uma interface muito mais simples do que se você fosse acessar via um navegador comum.