Seguindo a mesma estratégia que usou no Office 365, a Microsoft liberou ontem o aplicativo do Xbox Music, serviço concorrente ao iTunes Radio, para iPhones/iPods touch e aparelhos com Android.
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Lançado junto ao Windows 8, o Xbox Music já apresentava aplicativos para o Windows Phone e uma interface web que roda em qualquer navegador. Na época, audiófilo que sou, assinei o serviço para testar esta nova opção. Com o passar do tempo fui deixando ele de lado, mas hoje voltei a brincar com o serviço para testar os novos apps. Todavia, minha decepção não poderia ter sido maior.
Pela demora do lançamento, achei que a Microsoft estava caprichando no desenvolvimento do app, mas acabou que veio algo muito parecido com o Office: um aplicativo bonitinho mas que peca pela qualidade. No aspecto interface, o app segue o que já vimos/conhecemos nos atuais sistemas da empresa (interface Modern/Metro). Particularmente eu gosto muito dela, mas o grande problema do app está mesmo nas limitações do serviço oferecido.
Assim como o recém-lançado Galaxy Gear, considero o Xbox Music mais do mesmo. Temos um serviço de streaming, uma forma rápida de montar playlists e uma lojinha de músicas, mas que não trazem nenhuma inovação/revolução. Para começar, se quer utilizar o aplicativo, você tem que ter uma assinatura (mensal ou anual), algo que deve mudar com o lançamento do Windows 8.1 já que na versão beta do novo sistema o serviço é gratuito, apoiado por propagandas. Após se logar, você ganha acesso a um catálogo extenso de músicas (cerca de 30 mil) — os principais artistas estão lá, mas nada que se compare ao iTunes. Ao começar a reproduzir alguma música, surge a segunda limitação grave do app: nada de ouvir música offline. Por enquanto, você precisa estar conectado o tempo todo se quiser ouvir suas músicas preferidas.
Assim como no iTunes Radio, o usuário tem a opção de comprar as músicas de que gostar. Para mim, de todas as limitações do app, esta é a mais complicada: não achei o botão de compra. Fui então para o computador e realizei uma compra para fazer um teste: adquiri um álbum e ele logo apareceu no meu telefone, mas não achei nenhum botão que me indicasse que eu poderia baixar as músicas novamente caso eu as apagasse — isso tanto pelo interface web quanto pelo aplicativo. Parece que, se eu apagar a música, ela some para sempre.
Resumindo: o Xbox Music é um aplicativo que sofreu pela demora em ser lançado e pela qualidade do serviços, mas principalmente pelo fato de depender de uma conexão constante para funcionar. Para completar, ele apresenta músicas com qualidade abaixo de seus principais concorrentes.
Resta esperar as futuras atualizações para verificar qual a estratégia da Microsoft — e que ele não tenha o mesmo fim do Zune, afinal, quanto mais concorrência melhor.
Desculpe, app não encontrado.
