O melhor pedaço da Maçã.

Os 10 grandes destaques de usabilidade do Mac OS X

A excelente Smashing Magazine publicou recentemente um artigo intitulado “Top 10 Usability Highs Of Mac OS”, bastante pertinente e esclarecedor. A matéria aborda os principais pontos que fazem da interface do Mac OS X a melhor em usabilidade de todos os sistemas operacionais da atualidade.

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Há um tempo, era muito comum ouvirmos de usuários de Windows dizendo que não comprariam Macs “porque são difíceis de usar”. Isso hoje em dia é cada vez mais raro, já que a Apple aos poucos vai dominando o nosso círculo de relacionamentos, e informações e lugares para consumidores brincarem e testarem Macs tornam-se mais populares. O sistema da Maçã é bom porque é fácil de usar, intuitivo e muito bonito. Os usuários só não podem sentar na frente de um Mac e esperarem encontrar um botão “Iniciar” no canto inferior esquerdo da tela.

Comento os pontos abordados no artigo:

1 – Consistência. Graças à Apple Human Interface Guidelines, todos os softwares no Mac OS X funcionam de forma bem semelhante e oferecem interfaces com as quais o usuário já está acostumado a trabalhar. Não é preciso um manual de instruções ou dias de uso para entender os recursos de um aplicativo recém-instalado. Se as orientações da Apple forem seguidas à risca, logo na primeira vez que a pessoa carregar o programa, ela se sentirá em casa e encontrará o que precisa.

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2 Intuitividade. Usuários de Windows estão tão acostumados com as complicações proporcionadas pelo SO da Microsoft que ficam com *medo* da simplicidade do Mac OS X. “Como assim? Pra instalar um aplicativo é só arrastar e soltar o ícone dele na pasta Applications? E, pra apagar, só preciso jogá-lo no Lixo? Sério?!” Sim. E, ao mesmo tempo, ainda elimina-se (ou reduz-se) a probabilidade da pessoa cometer erros ao selecionar itens num menu drop-down ou clicar precipitadamente num botão indesejado, por exemplo.

3 Metáforas efetivas e apropriadas. Por mais que valorize bastante o aspecto visual das suas interfaces, a Apple procura sempre explorar os recursos com sentido. Objetos em três dimensões não são simplesmente largados ali: a profundidade da Time Machine dá uma clara sensação ao usuário de tempo e viagem ao passado; o Cover Flow lembra muito a forma como mexemos em discos na vida real; o Exposé, então, funciona maravilhosamente bem — eu não vivo sem ele!

4 Mensagens de erro úteis e on time. Qual o sentido de balões e mais balões que ficam pipocando na barra de tarefas do Windows até mesmo para avisar ao usuário de que… tudo está funcionando como deveria?! O usuário não quer ser distraído ou ver a sua tela poluída por informações desnecessárias. Mensagens de erro devem ser claras, diretas, objetivas e pertinentes. Se é para alertar, que alerte na hora certa.

5 Esconda as partes técnicas de quem não precisa delas. Este ponto é meio controverso, já que os hard-users gostam muito de ter controle sobre cada pixelzinho das suas máquinas e, enquanto a abordagem da Apple facilita e simplifica para muitos, ela acaba decepcionando outros. Ainda assim, é sempre bom lembrar dos softwares de terceiros que cumprem bem essas tarefas. No final das contas, um usuário comum não precisa ficar desfragmentando a sua máquina de tempos em tempos, que dirá necessitar saber o que é isso.

6 Lei de Fitts. Esta, a Apple conhece muito bem e aplica a todas as suas interfaces. Usuários de Windows adoram usar o teclado simplesmente pelo fato de que é complicado usar o mouse. Tudo fica mais fácil quando as coisas estão sempre à mão e são fáceis de serem clicadas. A idéia de manter os menus de todos os aplicativos sempre no mesmo lugar (topo da tela, fixo) é fantástica: o usuário nunca se perderá procurando as funções do software que estiver utilizando.

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7 Feedback ao usuário. Se uma configuração pode ser aplicada em tempo real, pra quê complicar com botões de “OK, Cancelar e/ou Aplicar?” Uma opção sempre estará marcada ou desmarcada; a menos que a definição seja irreversível, não há motivo para, por exemplo, o usuário ter que selecionar um item de preferência e depois confirmar a sua escolha para vê-lo em funcionamento. Se você optar por sempre mostrar a barra de abas do Firefox, que ela apareça instantaneamente! Se mudar de idéia, ela some na hora.

8 – Suporte ao usuário e navegação. Encontrar documentos, lançar aplicativos e fazer contas rápidas nunca foi tão simples no sistema da Apple — com o Spotlight. O sistema é claro, direto e ágil (evidente que “ágil” é bem relativo, a depender da sua máquina). Se a pessoa assim se acostumar, tudo que for fazer no Mac pode começar com uma palavra-chave digitada no Spotlight.

9 Fluxo de trabalho. Uma reclamação constante de usuários de Windows é a ausência de um recurso equivalente ao “maximizar” de janelas. Isso porque a Apple prefere pensar que o botão verde do semáforo serve para redimensioná-la para um tamanho adequado para o trabalho — que, em alguns casos, pode significar ampliá-la até que tome todo o espaço útil do display. Por outro lado, outras janelas abertas simultaneamente devem ficar visíveis, apesar de não estarem focadas ou em primeiro plano. Pode ser algo difícil de se acostumar no início, mas faz bastante sentido.

10 Até o kernel panic é bonito! Que a Maçã tem um bom gosto visual, isso ninguém nega. Mesmo não informando todos os detalhes técnicos sobre o problema, até mesmo um travamento/congelamento geral do sistema gera uma tela bonitinha para o usuário, instruindo-o a reiniciar o Mac à força. E ainda é poliglota!

Foto: Alfonso|Huby (Flickr)
Foto: Alfonso|Huby (Flickr)

Nada é perfeito, claro, mas esses são alguns pontos já bastante trabalhados pela Apple que contribuem para o sucesso e a ótima receptividade que o Mac OS X tem perante os seus usuários. Você tem outros itens para adicionar a esta lista? E, do outro lado, o que há de ruim em termos de usabilidade no SO da Maçã, na sua opinião?

[Dica do Vilson Martins Filho, obrigado!]

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