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Empregados da Apple pedem mais flexibilidade no trabalho híbrido

Em petição, foram sugeridos dois programas piloto para funcionários que ainda não se sintam seguros com o retorno às atividades presenciais

A decisão da Apple de retornar ao trabalho presencial gradualmente a partir de setembro próximo — inicialmente num modelo chamado de trabalho híbrido, no qual os empregados poderão cumprir parte do seu horário em home office — tem dado o que falar entre os funcionários da empresa.

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Inicialmente, um grupo de empregados escreveu uma longa carta criticando a decisão da empresa e pedindo mais flexibilidade nesse retorno; o pedido foi negado pela Maçã. Algumas semanas depois, falamos aqui sobre a ameaça de decisão de uma parte dos funcionários por conta da resistência da empresa — alguns já se demitiram, inclusive.

Agora, em mais um capítulo da história, mais uma petição foi iniciada por um grupo de empregados da Apple. De acordo com o Recode, a nova carta traz sugestões mais concretas de como um acordo poderia ser firmado entre a Maçã e os funcionários, apresentando alguns cenários para a empresa.

Os signatários da carta afirmam que a maior flexibilidade no modelo de trabalho é compatível com a “cultura de colaboração” da Apple e permitiria que funcionários com comorbidades ou que morem com pessoas do grupo de risco tivessem maior paz de espírito no desenvolvimento dos seus projetos.

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Um trecho inicial afirma o seguinte [tradução nossa]:

Queridos Tim, Deirdre e equipe,

Obrigado por todo o trabalho que vocês e todos fazem para manter a cultura da Apple tão rica, vibrante e inclusiva! Nós parabenizamos especialmente os esforços da equipe de Pessoas nas últimas semanas para entender nossas situações pessoais. Entretanto, nos desapontamos em ver que essas histórias pessoais não foram reconhecidas individualmente ou por quaisquer mudanças nas diretrizes de retorno ao trabalho. Nós continuamos preocupados que esta solução generalizada esteja fazendo com que muitos dos nossos colegas questionem seus futuros na Apple. Cerca de 68% dos funcionários que responderam à nossa pesquisa informal concordaram (em parte ou fortemente) que a falta de uma flexibilidade neste retorno poderia levar às suas saídas da Apple — isso representa mais de 1.100 membros da nossa equipe, e nós nos importamos com cada um deles.

Com os números da COVID-19 crescendo novamente ao redor do mundo, as vacinas provando-se menos eficazes contra a variante Delta e os efeitos a longo prazo da infecção ainda não completamente estudados, é muito cedo para forçar aqueles com preocupações de volta ao escritório. Além disso, permitir uma maior flexibilidade que o atual esquema 3/2 permitiria uma validação definitiva de que algumas pessoas trabalhando remotamente — e não apenas todas as pessoas trabalhando de casa ocasionalmente — é compatível com a cultura de colaboração da Apple.

Mais precisamente, o grupo de funcionários sugere dois programas piloto, que poderiam ser adotados pelos funcionários conforme as necessidades de cada um e da empresa. O primeiro programa refere-se a empregados que preferem continuar trabalhando de casa e moram próximos aos escritórios da empresa — neste caso, a pessoa teria sua mesa preservada no local de trabalho e poderia ser chamada ao escritório no caso de reuniões ou necessidades especiais.

O segundo programa seria destinado a funcionários cujas situações de moradia “não são compatíveis, ou tornaram-se incompatíveis” com o deslocamento imediato para o escritório. Neste caso, o empregado não teria uma mesa no local de trabalho e poderia ter seu salário reajustado de acordo com a localização — da mesma forma que nos funcionários que entraram em regime de trabalho remoto permanentemente.

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Em ambos os programas, cada caso precisaria ser analisado e aprovado pelo superior direito do empregado em questão. Os programas teriam validade de um ano a partir do retorno presencial, sem a necessidade de promessa de extensão por parte da empresa.

A Apple ainda não se pronunciou sobre a carta, mas acompanhemos essa história de perto — pelo visto, muita água ainda há de rolar debaixo dessa ponte.

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