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Conceito de headset da Apple

Bateria do headset da Apple poderá durar somente 2 horas

É praticamente uníssono no universo dos rumores que o headset de realidade aumentada/virtual da Apple está a alguns meses de distância — após anos de desenvolvimento e especulações.

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Agora, o sempre antenado jornalista Mark Gurman, da Bloomberg, trouxe um compilado de informações (algumas novas e outras já sabidas) sobre o dispositivo, incluindo suas funcionalidades.

Propósito e design

Segundo Gurman, o headset é uma “tentativa ambiciosa de criar uma versão 3D do sistema operacional do iPhone“, com recursos de rastreamento ocular e de mãos que podem diferenciar a tecnologia dos produtos rivais.

Em termos de design, o headset poderá ser feito de alumínio, vidro e tecido — e será “uma reminiscência dos AirPods Max”. Como já conceituado, o dispositivo terá uma tela curva que poderá mostrar os olhos do usuário, com alto-falantes nas laterais e uma faixa de cabeça que ajudará a ajustar o dispositivo ao redor da cabeça do usuário.

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Quanto ao uso, o headset será mais voltado para reuniões virtuais e videoconferência avançadas, com o objetivo de “sacudir uma indústria de VR atualmente dominada pela Meta”, de acordo com Gurman.

Ele também aponta que o objetivo da Apple é “trazer algo novo para a mesa”, de forma que os recursos de rastreamento ocular serão um importante ponto de venda para o dispositivo. O headset também será capaz de mostrar conteúdo de vídeo imersivo, servir como um monitor externo para um Mac conectado e replicar muitas funções de iPhones e iPads.

Veja como vai funcionar: o headset terá várias câmeras externas que podem analisar as mãos do usuário, além de sensores dentro da caixa do gadget para ler os olhos. Isso permite que o usuário controle o dispositivo olhando para um item na tela — seja um botão, ícone de aplicativo ou entrada de lista — para selecioná-lo.

Os usuários então juntam o polegar e o dedo indicador para ativar a tarefa — sem a necessidade de segurar nada. A abordagem difere de outros headsets, que normalmente dependem de um controlador de mão.

Especificações

Como já especulado, o headset poderá ter dois displays de altíssima resolução — desenvolvidos em parceria com a Sony — e uma coleção de câmeras externas para permitir um “modo de passagem” entre o mundo real e de AR/VR. Para isso, o dispositivo também poderá ter uma Digital Crown, como no Apple Watch, a qual permitirá aos usuários alternar entre esses modos.

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Espera-se que os jogos sejam uma oferta popular de desenvolvedores terceirizados, de modo que o headset incluirá uma variação do chip M2, bem como um processador dedicado para gráficos e experiências de realidade mista. Esse segundo chip será apelidado de “Reality Processor”, de acordo com os pedidos de marca registrados pela Maçã.

No entanto, toda essa potência trouxe outra preocupação: superaquecer o dispositivo enquanto está no rosto do usuário. Segundo Gurman, para resolver esse problema, a Apple decidiu tirar a bateria de dentro do headset e colocá-la separadamente — cabendo no bolso do usuário e se conectando por meio de um cabo. Outro ajuste é a inclusão de uma ventoinha de resfriamento, como nos Macs de última geração.

A bateria, no entanto, deverá ser grande — aproximadamente do tamanho de dois iPhone 14 Pro Max empilhados um sobre o outro. No entanto, o headset poderá durar cerca de duas horas com uma carga completa, em linha com os produtos rivais.

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Ainda assim, a duração relativamente curta da bateria pode criar seus próprios aborrecimentos. Se os usuários quiserem assistir a vários filmes ou jogar por horas seguidas, eles podem precisar comprar várias baterias e trocá-las com frequência.

Vendas

A Apple reconheceu esses desafios internamente e está tentando definir expectativas realistas para o produto. Um benefício do dispositivo, acredita a empresa, é que ele pode “estimular os clientes a visitar as lojas de varejo da Apple” — não necessariamente para comprar o produto, mas para experimentá-lo.

Para mostrar o novo headset, a Apple está criando um conceito de “loja dentro da loja” — uma área dentro dos seus pontos de venda dedicada a demonstrar o produto. A empresa fez algo semelhante quando lançou o Apple Watch, como lembrou Gurman.

VR, AR e conteúdos

De volta aos recursos, os de imersão poderão acabar sendo os elementos mais memoráveis do headset. Quando em VR, o usuário estará totalmente imerso; quando o AR está ativado, o conteúdo desaparece e fica cercado pelo ambiente real do usuário. A Apple espera que esse seja um destaque do produto, além da visualização imersiva de vídeos.

A Apple discutiu o desenvolvimento de conteúdo VR para a plataforma com cerca de meia dúzia de parceiros de mídia, incluindo Walt Disney e Dolby Laboratories. E a gigante da tecnologia está trabalhando para atualizar seu próprio material do Apple TV+ para funcionar com o headset. Como parte do impulso, a Apple comprou a empresa de streaming NextVR em 2020, com o objetivo de criar conteúdo esportivo em VR.

A Apple está planejando que o headset tenha um recurso de exibição de vídeo dedicado que pode fazer os espectadores se sentirem como se estivessem assistindo a um filme em uma tela gigante em outro ambiente, como um deserto ou espaço sideral. Mas enquanto o vídeo do headset será imersivo, seus alto-falantes serão menos potentes. Portanto, os usuários precisarão usar fones de ouvido AirPods para obter Áudio Espacial completo — um efeito de som surround.

Produtividade

O dispositivo também terá recursos de produtividade, incluindo a capacidade de servir como monitor externo para um Mac. Com esse recurso, os usuários poderão ver a tela do Mac em realidade virtual, mas ainda controlar o computador com o trackpad ou mouse e teclado físico.

O sistema operacional do headset, chamado internamente de “xrOS”, terá muitos dos mesmos recursos de um iPhone e iPad, mas em um ambiente 3D. Isso inclui o Safari, o Fotos, o Mail, o Mensagens, o Calendário, entre outros.

Gurman também aponta que o dispositivo terá aplicativos para os serviços da Maçã, como a App Store para instalar software de terceiros, o Apple TV+, o Apple Music e o Apple Podcasts. A empresa também está trabalhando em funções de rastreamento de saúde.

Interface

A experiência deve parecer familiar para os usuários da Apple. Quando colocarem o headset, a interface principal será praticamente idêntica à do iPhone e do iPad, apresentando uma tela inicial com uma grade de ícones que podem ser reorganizados. Os usuários poderão fixar widgets, como previsão do tempo, compromissos do calendário, email e desempenho do mercado de ações, entre os ícones de seus aplicativos.

Quando os usuários precisam inserir texto, eles podem usar a assistente de voz Siri ou contar com um teclado de iPhone, Mac ou iPad. Ao contrário de um Apple Watch, porém, um iPhone não é necessário para a operação. A empresa está desenvolvendo uma tecnologia que permitirá aos usuários digitar no ar com as mãos, mas é improvável que tal recurso esteja pronto para o lançamento inicial.

Quanto ao uso com o FaceTime, Gurman informa que o headset “renderizará realisticamente o rosto e o corpo inteiro do usuário em realidade virtual”. Esses avatares permitirão que duas pessoas — cada uma com um headset — se comuniquem e se sintam na mesma sala. Ele permitirá, ainda, sessões do FaceTime com várias pessoas, mas usuários adicionais serão exibidos como um ícone ou Memoji, segundo ele.

Estratégia de lançamento

Como em algumas das grandes apostas anteriores da Apple, a empresa planeja começar devagar. O objetivo é iniciar a produção do dispositivo em fevereiro na China e ela está considerando lançar o produto apenas nos Estados Unidos para começar. O preço também deverá limitar o apelo do produto — mas, como já especulado, a Apple estaria trabalhando em uma versão mais barata, a qual poderá ser lançada no final de 2024 ou no início de 2025.

Em termos de vendas, Gurman ressalta que a Apple espera vender cerca de 1 milhão de unidades de seu headset em seu primeiro ano. Em um movimento raro, a companhia não planeja lucrar com a versão inicial — mesmo com o preço alto — indicando que a empresa está tendo “uma visão de longo prazo da plataforma”.

Dado que o headset ainda está a meses de ser lançado, alguns recursos ainda podem ser cancelados ou alterados. Gurman voltou a dizer que a Apple planeja lançar o dispositivo ainda no primeiro semestre — de forma que a empresa discutiria o produto na WWDC23, em junho, para lançá-lo posteriormente este ano.


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