Na última semana, testei uma unidade do novo MacBook Pro para o MacMagazine cedida gentilmente pela Apple Brasil — via sua assessoria de imprensa — e pude, finalmente, conferir todas as novidades — algumas odiadas; outras, amadas — e trazer para vocês uma análise do que a Maçã oferece para os exigentes usuários profissionais do portátil. 🙂
A caixa já chama a atenção pelo tamanho reduzido e fácil transporte. Ao tirar o MacBook Pro dela, então… É a certeza de que a Apple levou ao máximo a definição de portátil: fino e leve, o MBP tem espessura de apenas 2,4 centímetros e pesa 2,5 quilos! É inacreditável como os engenheiros conseguiram colocar mais potência num espaço já tão reduzido.
Está tudo aqui, com os conectores apenas na lateral esquerda: entrada para o adaptador de força, portas Gigabit Ethernet, FireWire 800, duas USB, uma Mini DisplayPort (padrão nos novos Macs), slot ExpressCard, entrada/saída de áudio, Bluetooth e Wi-Fi. Na lateral direita, fica o SuperDrive. Com tudo isso, é de se pensar se o Pro pode ficar ainda mais fino (uma versão Air Pro? Vai saber!)…
Os furos feitos a laser no corpo monobloco do MBP são sutis — o botão de liga/desliga agora é um detalhe escondido no canto superior direito. O poderoso trackpad inteiriço de vidro com tecnologia multi-touch e alta sensibilidade é um espetáculo à parte, pois numa peça única são várias as possibilidades de comando, que — acreditem, eu sou um zero à esquerda em comando nos portáteis — se mostrou super intuitivo e de fácil aprendizado. Bastou uma horinha apanhando para usar da forma correta e com tudo a que temos direito. Claro que foi depois dessa uma hora que descobri, nas Preferências do Sistema do trackpad, um vídeo que explica todas essas possibilidades de comando multi-toque — com um, dois, três e quatro dedos. 😛
A tela com acabamento glossy… Bom, vou falar do que acho o mais controverso assunto relacionado aos novos MacBooks: essa bendita tela reflexiva. Entenda: ela é legal e tem um brilho superior (tanto que tive que trabalhar com menos brilho do que normalmente deixo nas configurações), mas ela limita _onde_ você pode usar seu MacBook! Sim, sim, porque para fugir dos reflexos você deve trabalhar num espaço interno e nunca de costas pra uma janela aberta — esqueça a idéia de ir à varanda com “Olha que legal, isso!!”, porque ninguém vai enxergar nada.
Falando de portáteis para uso profissional, então, o assunto deixa muitas dúvidas. É triste pensar que, enquanto isso, ela está dominando toda a linha de produtos da Apple, portanto acho complicado dizer que voltarão atrás nessa decisão. Bye, bye, matte! Então, como dizia aquele “moço” da nossa seleção: vamos ter que engolir!
No quesito bateria, fiquei cerca de três dias usando a placa gráfica mais potente — a NVIDIA GeForce 9600M GT — e ela realmente “seca” a bateria. Tanto que o máximo que pude ficar sem conectar o cabo de força foram duas horas. Era gritante, o gasto, mas mais ainda a qualidade gráfica em todos os aplicativos, com cores mais vivas e nítidas.
No Energy Saver (dentro das Preferências do Sistema), você tem duas opções na seção “Gráficos”: Melhor tempo de bateria (que usa a NVIDIA 9400M) ou Melhor performance (com a 9600M GT, a poderosa). Ao habilitar o melhor tempo de bateria e efetuar o logout, pude sentir a diferença que existe entre elas: a tela ficou um pouco opaca.
É visível a diferença no uso entre as duas placas gráficas, mas é ótimo ter a escolha entre controlar o uso para o quê e quando precisamos: tratar imagens ou apenas trabalhar com textos e navegar na internet. O processamento do MBP é bem superior, principalmente usando alguns programas da Adobe — InDesign, Photoshop e Illustrator, todos CS4 —, em que pude comprovar a velocidade que ganhei em todas as etapas do trabalho.
Pude observar, também, que o MacBook Pro esquenta bem menos que os anteriores. Instalei o iStat aqui para conferir e, mesmo enquanto a bateria carregava, as temperaturas do HD, GPU e CPU variavam entre 32 e 50 graus Celsius.
Agora vamos à pergunta que não quer calar: “O MacBook Pro vale esse investimento?” É, né, porque pelo preço com que ele chegou a terras brasileiras, temos que encarar como “investimento”: cerca de R$9.000 — e, infelizmente, nada indica mudança nesse panorama de preços altos para os novos produtos Apple.
Respondendo à pergunta acima, portanto: vale sim! Considerando os ganhos em mobilidade, rapidez na produção do trabalho e pensando no MacBook Pro como ferramenta de ponta, vale muuuito investir no novo MBP. Posso ficar com ele pra mim?