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Executivo da Microsoft afirma que iPad Pro é a resposta da Apple ao Surface e que não toma a Maçã como inspiração

Surface Pro 3

Acho difícil que alguém, no estado atual das coisas, conteste o excelente trabalho que a Microsoft tem feito com sua linha de computadores híbridos (ou não) Surface. Essencialmente uma companhia de software, a gigante de Redmond conseguiu dar a volta por cima — em termos de imagem pública, isto é, já que em questão de dinheiro eles nunca estiveram por baixo — após anos nadando nas águas do comodismo (Apple, tome notas) com produtos que têm muito mais a ver com alumínio e vidro do que linhas de código. E, segundo um dos executivos da empresa, uma certa Maçã pode estar seguindo seus passos bem de perto.

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Em entrevista ao Business Insider, o chefe da divisão do Surface na Microsoft, Ryan Gavin, afirmou que o iPad Pro é um “exemplo claro” da movimentação contrária àquela que estamos acostumados: em vez de a Microsoft seguir a Apple, neste caso, foi a empresa de Cupertino que seguiu a de Redmond numa tendência.

Pensando bem, se nós estivéssemos olhando para a Apple, não teríamos feito produtos como o Surface Pro ou o Surface Book. Nós temos estudado e aperfeiçoado nossos produtos da categoria dois-em-um por anos agora, mas quando o Surface foi lançando originalmente, todos foram céticos, inclusive eles [Apple]. Então eles nos seguiram, e o iPad Pro é um claro exemplo disso.

Gavin reforça ainda que a divisão do Surface não toma a Apple como inspiração ou referência quando cria seus produtos — no que está absolutamente certo, considerando a insistência da Maçã em ficar longe dos chamados dispositivos dois-em-um.

De fato o iPad Pro — especialmente sua nova geração, com o vindouro iOS 11 — é o substituto para um computador “completo” mais promissor já construído pela Maçã, mas, ainda assim, não vejo ele se colocando como um concorrente à mesma altura do Surface Pro, por exemplo; são propostas diferentes, públicos razoavelmente diferentes e preços diferentes. Ainda que a Apple queira nos convencer de que sua solução faz tudo o que um sistema operacional de desktop faz, penso que ainda estamos a alguns anos de vermos esta afirmativa se tornando 100% verdadeira para todos os tipos de usuário. Veremos.

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Ainda no assunto Microsoft: se a empresa afirma nem olhar para a Apple quando projeta seus computadores, imagino que a mesma máxima não se aplique para a sua divisão de periféricos. Digo isso porque a empresa lançou hoje um novo teclado, batizado de Modern Keyboard e, bom… é bem verdade que é impossível inovar muito no design de um teclado (ou não… de novo), mas esta nova criação da Big M é quase uma amálgama do novo Magic Keyboard com teclado numérico com o antigo teclado numérico da Maçã:

https://www.youtube.com/watch?v=YDpGtDzAw4I

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Da superfície em alumínio à base superior semicilíndrica, é fácil para um desavisado confundir o novo teclado da Microsoft com uma criação da Apple — não que Cupertino tenha propriedade sobre estes elementos de design, mas inegavelmente é uma linguagem muito característica deles.

Um recurso, entretanto, sobressai-se neste novo Modern Keyboard: um leitor de impressões digitais integrado a uma nova tecla posicionada entre os botões Alt e Ctrl. O sensor funciona para identificação no Windows Hello e ainda para autenticação em sites compatíveis com a tecnologia. Ainda não é possível saber, entretanto, se o periférico carrega as mesmas camadas de segurança, por exemplo, do Touch ID integrado à Touch Bar dos novos MacBooks Pro — que apresenta até mesmo um chip específico, integrado à placa lógica, o qual garante a privacidade das informações biométricos do usuário.

O Modern Keyboard funciona via Bluetooth 4.0 ou por meio de um cabo, que também serve para recarregá-lo e realizar automaticamente o emprelhamento com o computador no momento da conexão. Ele é compatível com o Windows 8 e 10, Android e macOS, embora o leitor biométrico funcione apenas com Windows. O periférico custa US$130 (~R$430) e estará disponível para compra “em breve” — bem como um novo Modern Mouse, também em alumínio, que custa US$50 (~R$160) mas não é compatível com o macOS.

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https://www.youtube.com/watch?v=5eI0klTsqnA

via Cult of Mac, Engadget

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