O Computerworld acaba de divulgar: o juiz federal William Alsup determinou na semana passada que a Psystar poderá continuar seu contra-processo em cima da Apple — uma vitória rara na batalha entre as duas empresas, que já dura mais de sete meses.
Caso a fabricante de clones de Macs consiga provar tudo o que alega, outras poderão vender livremente PCs com o Mac OS X instalado. O juiz disse, ainda, que a Psystar poderá mudar sua estratégia, que inicialmente acusou a firma de Cupertino de violar leis anti-truste, passando a argumentar que a Apple abusou de leis de copyright ao laçar o seu sistema operacional com o hardware.
Apesar de ter acatado o pedido de descarte da Apple para o contra-processo da Psystar no meio de novembro do ano passado, o Sr. Alsup deixou espaço para a entrega de novos documentos mais pertinentes — que foi exatamente o que a Psystar fez, em 10 de dezembro de 2008.
Nada está definido ainda; porém, se a Psystar conseguir convencer o juiz de que a Apple realmente abusou de leis de copyright, a firma de Steve Jobs não terá mais direito a fazer uma série de acusações à fabricante de clones de Macs. Mais que isso: outras companhias não diretamente relacionadas a este processo também terão direitos sobre o que for decidido em tribunal.
Enquanto rejeitou o pedido da Psystar de classificar o ecossistema Apple como competição desleal, o juiz afirmou que a determinação de como seu software é licenciado e utilizado será feita no decorrer do processo.
A Psystar tem uma semana para enviar suas acusações alteradas, e depois a Apple tem que responder dentro de um prazo de 20 dias. O juiz pede que ambas as empresas trabalhem intensamente no caso, que tem início de julgamento marcado para 9 de novembro.