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Órgão de segurança no trânsito critica Tesla e Apple por acidente que matou engenheiro da Maçã

Walter Huang estava jogando em seu iPhone no momento da colisão
Acidente fatal com carro da Tesla que vitimou engenheiro Walter Huang, da Apple

Quem acompanha as notícias do mundo automotivo certamente conhece as polêmicas em torno do Autopilot, tecnologia de assistência de direção que equipa os veículos da Tesla — e que é, no momento, o que nós temos de mais próximo de um sistema de direção autônoma com seus recursos de centralização e troca de faixa, cruise control, navegação autônoma em ruas de acesso limitado e muito mais.

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O Autopilot já foi apontado como causa (total ou parcial) de alguns acidentes fatais nos Estados Unidos e na China. Um deles, ocorrido há dois anos em Mountain View (Califórnia), vitimou Walter Huang, engenheiro da Apple de 38 anos que dirigia seu Tesla (Model X) quando o veículo não reconheceu um obstáculo e colidiu a 115km/h no muro de uma rodovia, sendo depois atingido por outros dois veículos.

Agora, não só a Tesla, mas também a Apple estão sendo alvos de críticas dos órgãos americanos de segurança no trânsito.

Explico: a National Transportation Safety Board (NTSB, maior órgão americano de segurança no trânsito) organizou uma audiência para apresentar as descobertas da sua investigação e determinar as causas (ou causas prováveis) do acidente. Na sessão, o presidente do órgão, Robert Sumwalt, apontou o Autopilot como causa determinante da tragédia, já que o sistema “encorajou” o piloto a não prestar atenção na rodovia e não detectou um obstáculo na pista, causando a colisão.

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Segundo Sumwell, a Tesla ignorou vários pedidos da NTSB para adicionar avisos e recursos em seus veículos que alertassem aos motoristas sobre os riscos do Autopilot. O órgão pede que as fabricantes deixem claro que seus recursos de assistência de direção não são autônomos, e precisam que o motorista esteja plenamente atento à via em todos os momentos.

As críticas à Tesla já seriam esperadas, mas quem não esperava levar também uma pequena parcela da culpa no incidente era a Apple. Pois foi exatamente o que aconteceu: à época da investigação, a NTSB descobriu que Huang estava, no momento do acidente, jogando no seu iPhone cedido pela Maçã. Agora, na audiência, o órgão criticou a empresa por não implementar políticas anti-direção distraída ou orientar seus funcionários a não utilizar aparelhos cedidos por ela no trânsito.

Obviamente, as considerações do órgão não foram muito recebidas pela Apple: em nota à CNBC, a empresa limitou-se a responder que “espera que seus empregados sigam a lei”, seja dirigindo ou em qualquer outra situação.

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Agora, fica a expectativa em relação às medidas práticas que serão aplicadas pela NTSB por conta do acidente. O órgão está propondo a criação de uma tecnologia que restrinja o acesso a dispositivos móveis dentro de veículos em movimento (algo parecido com o Não Perturbe ao Dirigir), mas não há nada de concreto em relação a isso — ainda.

via AppleInsider

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