É claro que eu ainda não tive a oportunidade de ver um dos novos iPods shuffle de perto e nem de avaliá-lo com precisão, mas as minhas primeiras impressões e opiniões sobre o produto, já expus neste artigo.
Agora há pouco, porém, saíram as três primeiras análises de fato do aparelho, escritas por três dos colunistas de tecnologia mais influentes dos Estados Unidos — os três que sempre recebem os gadgets da Apple antes de todo mundo e publicam resenhas no dia em que são lançados. Li cada uma delas e trago as principais observações de cada um abaixo, confira:
David Pogue | New York Times
- Coincidentemente, Pogue também relaciona o novo shuffle à paródia do programa Saturday Night Live (SNL) que publiquei neste artigo. É realmente difícil de acreditar que um aparelhinho tão pequeno tenha 4GB de capacidade interna e consiga armazenar 1.000 músicas.
- Considera um avanço sobre shuffles anteriores, que nunca tiveram uma tela, mas não podiam informar a música/artista que estava tocando. Além disso, acha positiva a possibilidade de se sincronizar listas de reprodução (playlists) com o gadget a partir de agora.
- Observa bem que o recurso VoiceOver não é uma novidade completa, como a Apple tem dito. A tecnologia já existe em alguns modelos de iPods anteriores, mas era usada apenas como acessibilidade (para pessoas cegas).
- Acredita que 2009 será o ano em que tecnologias de voz computadorizada passarão a ser usadas em massa. Primeiro, vieram no Kindle 2, que oferece uma funcionalidade de text-to-speech de livros eletrônicos. Agora, chegam também à linha de iPods.
- O iPod shuffle 3G vem com um cabo USB branquinho super pequeno, de 7,6 centímetros de comprimento. O iPod shuffle 2G, por sua vez, vinha com um mini-dock, enquanto o 1G funcionava como um pendrive e espetava-se diretamente no computador.
- Acha o design lindo e o som “fantástico”, mas também coloca como ponto negativo a obrigatoriedade de os usuários terem que usar os fones de ouvido proprietários da Apple — os únicos hoje em dia que possuem os botões embutidos capazes de controlar o novo iPod shuffle.
Walt Mossberg | Wall Street Journal
- É “o menor tocador de música” já testado por ele.
- Assim como Pogue, nota que este é o primeiro shuffle que trabalha com listas de reprodução (playlists) do iTunes. Todavia, se a pessoa tiver muitas delas poderá achar chato ter que esperar o narrador citar todos os nomes até que a desejada possa ser escolhida.
- O iPod shuffle 3G é capaz de armazenar músicas, audiobooks e podcasts.
- A voz computadorizada é satisfatória, mas não é perfeita: traz algumas entonações estranhas, palavras mal-pronunciadas (dá o exemplo de números romanos: IV foi dito “ai vi” em vez de “four”), sílabas puladas e afins. Ainda assim, é fácil de se entender.
- O tamanho reduzido do novo shuffle compromete a autonomia da sua bateria, que passa a ser de uma média de 10 horas, contra 12 do modelo anterior.
- É mais um que considera os fones de ouvido proprietários com controles embutidos um ponto negativo. Se alguém já tem um par de fones preferido, não pode usá-lo com o iPod shuffle 3G.
- Belo design, ótimo para quem faz exercícios — muito fácil de prender em roupas, cintos, pochetes, mochilas, etc.
- Também comenta da paródia do SNL (hahaha!) e diz que, enquanto testava o novo shuffle na última semana, teve dificuldade de encontrá-lo quando ele caiu no chão — estava escondido atrás do pé de uma mesa.
Edward C. Baig | USA Today
- Relaciona o tamanho do novo shuffle, desta vez, com aqueles clipes de gravata (dá até pra usar como um, por sinal! Hehe).
- Fechando a leva dos três (ou quatro, contando comigo), também considera o uso de fones de ouvido proprietários da Apple um ponto negativo no iPod shuffle 3G — ainda mais porque também não gosta deles e diz que incomodam na orelha após certo tempo de uso. Nota que, futuramente, outros fabricantes lançarão modelos compatíveis e que a Apple deverá oferecer um adaptador com controles para fones convencionais.
- Também comenta sobre a redução na autonomia de bateria para 10 horas.
- O iPod shuffle 3G é tão pequeno que ele não o encontrava dentro do próprio bolso da camisa. 😛
- Considera a chegada do VoiceOver como um ótimo “tapa-buraco” para a ausência de tela nos shuffles.
- É mais um que destaca a chegada de listas de reprodução (playlists) ao iPod shuffle, observando inclusive que audiobooks e podcasts são tratados como listas independentes no aparelho.