
Apresentada num pedido de patente publicado esta semana (mas já enviado há quase um ano), uma nova forma de controlar a Apple TV estaria sendo concebida pelo pessoal de Cupertino. Diante das semelhanças com os famosos Wiimotes, é inevitável tecer comparações entre esta “remote wand” (“batuta remota”, ou “varinha mágica”) e os controles do videogame da Nintendo.
A renovação é apresentada na patente como um dispositivo equipado com um detector de movimento (acelerômetro ou giroscópio) e/ou faria uso de referenciais ópticos. Estes últimos poderiam ser obtidos de duas formas: ou o controle emitiria sinais a serem captados por módulos adjacentes à TV, ou ele seria um receptor destes sinais emitidos pelos ditos módulos. De toda forma, esta informação espacial forneceria a posição absoluta da “varinha mágica”.
Em todo caso, a novidade seria muito bem-vinda, podendo expandir grandemente a utilidade do set-top box da Maçã: a capacidade de detecção de movimento traria inúmeras (e óbvias) vantagens sobre o sistema de controle atual, que faz uso de um Apple Remote com apenas cinco botões.
A primeira vantagem é que este novo sistema permitiria controlar um cursor na tela de forma similar ao onipresente mouse, capacidade que abriria um leque variado de novas aplicações para a Apple TV. A patente já menciona, para abrir caminho pra isto, a presença de uma Dock que apareceria quando o botão Menu fosse pressionado:

Um recurso legal apresentado é poder escolher qual item selecionar na Dock apenas movendo o controle para a esquerda ou para a direita, sem ter que pressionar botões direcionais. Até mover a “varinha mágica” para uma região fora da tela poderia desempenhar uma ação — algo que me faz lembrar dos Active Screen Corners.
Algo possivelmente desagradável na patente apareceu ao mencionarem o controle de itens dispostos em Cover Flow: rotacionando a “varinha mágica” seria possível fazer o carrossel mover-se numa ou noutra direção. Gestos semelhantes poderiam ser usados para mover e redimensionar fotos ou navegar por miniaturas em álbuns. Neste ponto, eu vejo pessoas (principalmente as com coleções muito grandes) com pulsos lesionados…

Outra possibilidade aventada é um melhor uso do teclado na tela (sem contar com a possibilidade de usar iPhones/iPods touch, claro). Com esta “varinha mágica”, escrever palavras em buscas se tornaria tarefa menos árdua: bastaria apontar para o caractere a ser usado e o cursor automagicamente iria até ele. Caso algum caractere não esteja na tela, haveria a possibilidade de usar botões no controle para acessar caracteres especiais ou simplesmente mover o cursor para um dos cantos.

A cereja no topo, sem dúvida, é o uso da “varinha mágica” em aplicativos de desenho, já cogitado na patente:

O documento é assinado por Duncan Kerr e Nicholas King, dois empregados da Maçã, e prova que, afinal de contas, a Apple TV não é um hobby. Ou então é que nem World of Warcraft: deveria ocupar só uma horinha cada dia, mas acaba ocupando… várias. Espero que esta patente veja a luz do dia e que a Nintendo não fique brava.
[Via: AppleInsider.]