No evento em Cupertino desta última terça-feira, a Apple anunciou as In App Purchases, uma das novidades da App Store que virá com o iPhone OS 3.0. Para saber mais, confira nossa entrevista com o Fabio Ribeiro, engenheiro de sistemas da Apple Brasil.
Rapidamente, iniciou-se uma discussão sobre a positividade da coisa. No evento, a Apple só destacou uma medida de precaução: apps gratuitos continuarão sendo sempre gratuitos, isto é, a funcionalidade nunca poderá ser implementada dentro do programa ou do jogo que não custe nada.
Ainda assim, o blogueiro Adam Frucci, do Gizmodo, acha que elas poderão ser “um desastre”, visto que hoje, quando pagamos por um título da loja, sabemos que com isso receberemos o pacote completo. Futuramente, explica ele, um jogo de US$5 talvez não seja um jogo de US$5, mas somente metade dele; a outra metade de níveis custaria mais US$5 para o consumidor.
Eu não nego que tal possibilidade agora existe, mas desenvolvedores só se “beneficiariam” disso num primeiro momento. Não é porque algo está bloqueado dentro de um software ou game que a comunidade deixará de discuti-lo. Isso significa que, se um app começar a abusar da funcionalidade, cobrando toda hora por alguma coisinha, ele verá seu sucesso despencar tanto quanto um título que hoje, inteiro, custa mais do que deveria.
Desenvolvedores e empresas sérias e comprometidas saberão como explorar a novidade de forma correta e sensata. As In App Purchases não exterminarão títulos gratuitos na App Store, nem muito menos updates sem custo para o usuário.
Muito pelo contrário, elas resolvem em boa parte o “problema” da ausência de um sistema de testes da loja da Apple, já bastante discutido aqui no MacMagazine. A partir de agora, usuários poderão pagar bem pouco por um app e, se ele for realmente do seu interesse, investir no “resto” com a confiança de que estará fazendo uma compra que irá valer a pena.
As possibilidades que isso abre são diversas:
- Níveis adicionais em jogos;
- Compra de novos eBooks num mesmo aplicativo;
- Assinatura de jornais e revistas;
- Aquisição digital de ingressos para shows e eventos;
- Guias virtuais para cidades turísticas;
- Mapas adicionais em sistemas de navegação por GPS;
- E muito mais!
Na minha opinião, a Apple mandou muito bem. E você, o que acha?