O melhor pedaço da Maçã.

Apple quer levar IA para seus apps de streaming, produtividade e mais

Shutterstock.com
Inteligência artificial (cérebro flutuando sobre uma mão)

A Apple é, talvez, a única grande empresa de tecnologia que não conseguiu surfar a onda da inteligência artificial generativa, impulsionada pelo ChatGPT, da forma mais apropriada — principalmente no sentido comercial.

Publicidade

De fato, informações de dentro da gigante de Cupertino apontam que “há muita ansiedade sobre isso” na empresa e que a situação é considerada “uma grande falha internamente”, segundo informações do jornalista Mark Gurman (da Bloomberg).

Em sua newsletter “Power On” mais recente, Gurman ressaltou os esforços da Maçã para correr atrás do tempo perdido, uma investida que está sendo liderada pelos vice-presidentes responsáveis por IA e engenharia de software, John Giannandrea e Craig Federighi, bem como Eddy Cue (chefão de serviços). Juntos, eles deverão investir US$1 bilhão por ano no desenvolvimento dessas tecnologias.

Desenvolvimento de recursos

Giannandrea está supervisionando o desenvolvimento de um novo sistema de IA que será implementado na Siri de uma forma “profunda”. Tal versão aprimorada da assistente poderá estar pronta no próximo ano, segundo o jornalista.

Publicidade

Enquanto isso, o grupo de engenharia de software de Federighi está adicionando IA à próxima versão do iOS — de modo a preenchê-lo com recursos de LLM, o qual usa uma enxurrada de dados para aprimorar os recursos de IA. Estes deverão melhorar a forma como a Siri e o aplicativo Mensagens podem responder perguntas e preencher frases automaticamente, semelhantemente a outros apps de rivais.

As equipes de engenharia de software da Apple também estão buscando integrar a IA generativa em ferramentas de desenvolvimento como o Xcode, uma medida que poderá ajudar os desenvolvedores de aplicativos a escreverem novos aplicativos mais rapidamente.

O departamento de Cue, por sua vez, quer levar IA ao maior número possível de aplicativos. O grupo está explorando novos recursos para o Apple Music, incluindo playlists geradas automaticamente (algo que o Spotify lançou no início deste ano, em parceria com a OpenAI), bem como os aplicativos de produtividade da empresa.

Publicidade

Esse mesmo grupo também está examinando como a IA generativa poderá ser usada para ajudar as pessoas a escreverem em aplicativos como o Pages ou a criarem apresentações de slides automaticamente no Keynote. A Apple também está testando IA generativa para aplicativos internos de atendimento ao cliente, como o AppleCare.

Gurman também comentou que poderá levar mais tempo para que os recursos de IA da Apple se espalhem por sua linha de produtos — e a companhia já está se preparando para isso com a contratação de novas pessoas em diversas áreas, desde a App Store até o varejo, como divulgado pelo TechCrunch.

Implementação

Há dúvidas, porém, sobre como implantar a IA generativa: como uma experiência que roda totalmente no dispositivo, na nuvem ou algo intermediário. Como detalhado por Gurman, uma abordagem no dispositivo funcionaria de forma mais rápida e ajudaria a proteger a privacidade, mas a implantação através da nuvem permitiria operações mais avançadas.

Publicidade

A primeira estratégia também tornaria mais difícil para a Apple atualizar sua tecnologia e se adaptar ao setor, que está em rápida mudança. Com isso em mente, Gurman disse que “não ficaria surpreso” se a empresa adotasse uma abordagem combinada, de forma a usar o processamento no dispositivo para alguns recursos e a nuvem para tarefas mais avançadas.

Certamente ainda veremos várias informações sobre esses esforços, então continuemos acompanhando.

Ver comentários do post

Compartilhe este artigo
URL compartilhável
Post Ant.

Apple poderá lançar novos iPads em março e prepara vendas do Vision Pro

Próx. Post

Beats Studio Pro ganham novo comercial com LeBron James e Erling Haaland

Posts Relacionados