Em um pequeno tour realizado por empresas do Vale do Silício durante essa semana, alguns analistas se reuniram com membros da diretoria executiva da Apple, que estava liderada pelo seu chefe executivo de finanças, Peter Oppenheimer. As discussões que marcaram esse encontro foram registradas por Yair Reiner, que buscou não questionar a Maçã sobre novos produtos, mas sim sobre o potencial de crescimento do Mac e do iPhone, visando a receber informações positivas para os investidores na empresa.
O crescimento do Mac fora dos Estados Unidos — que recentemente ultrapassou as vendas na América do Norte — animou muito a Apple para crescer ainda mais em outros países, em especial na Europa, onde conta com um número pequeno de lojas de varejo comparado ao do seu país de origem e foi responsável pelas maiores taxas de crescimento do último trimestre fiscal — 5% em vendas e 18% em lucros.
Em meio a isso, Reiner escreveu em seu relatório que o iPhone tem muito a crescer ao redor do globo. Segundo ele, a plataforma móvel da Apple pode ganhar mercado “conforme for recebendo novas funcionalidades, tornando-se mais acessível a mais pessoas, estando disponível em mais países e em um número maior de produtos”. Não se sabe, contudo, se essas palavras vieram de dentro da Apple ou do próprio analista; em uma tentativa de entrevista com ele, o AppleInsider recebeu a resposta de que “pode não ser exatamente dessa maneira, sendo este apenas um conjunto de possibilidades”.
Seguindo essa linha de pensamento, o que estaria reservado para o futuro é que o mercado ganharia um conjunto maior de dispositivos rodando iPhone OS, com diferentes países de atuação e preços. No entanto, o analista Shaw Wu, da Kaufman Bros., também foi encontrar-se com Oppenheimer em conjunto com alguns investidores, e ficou claro que a Apple não podia (como sempre) falar nada a respeito de novos produtos no mercado.
No entanto, uma das regiões onde a Apple está claramente interessada em vender o iPhone a curto prazo é a China, a qual, já sabemos há um certo tempo, é um mercado com grande potencial para aparelhos que funcionem em redes de terceira geração. As duas maiores operadoras do país já demonstram interesse em negociações com a Maçã há muito tempo, o que Wu sugere ser ótimo para ela, se fechasse com ambas. De acordo com as estatísticas mais recentes, o número de usuários de telefonia móvel na China ultrapassou os 600 milhões e a quantidade de interessados em adquirir aparelhos de terceira geração no país já chegou aos 90 milhões.