Achou que a Microsoft ia desistir facilmente do mundo das buscas? O Kumo — aguardado desde novembro do ano passado — vem aí para provar o contrário, trazendo como foco central o que anda meio em falta no principal concorrente: relevância nos resultados.
Com lançamento programado para ser feito durante a conferência “All Things Digital”, que acontece de 26 a 28 de maio na Califórnia (Estados Unidos), o Kumo é o resultado de um esforço calmamente planejado que envolveu a compra da Powerset — detentora de uma tecnologia de buscas semânticas — por US$100 milhões.
Segundo Satya Nadella, vice-presidente sênior e engenheiro-chefe do setor de serviços online, os mecanismos de buscas atuais não são nem de perto tão efetivos quanto deveriam ser. Pesquisas indicam que 40% das buscas não entregam os resultados esperados, e 46% delas consomem cerca de 20 minutos ou mais.
O objetivo da Microsoft com o Kumo é atacar o Google com uma abordagem diferente, investindo pesado na crescente tecnologia de buscas semânticas. A gigante de Redmond pode ser mais lenta que a maioria dos seus concorrentes, mas, quando decide entrar pra valer na disputa, não brinca em serviço.
Quem acompanhou a guerra dos navegadores sabe que, quando eles se engajam numa briga, vêm com tudo e injetam muito dinheiro. E o Google ainda não fatura US$20 bilhões livres anualmente.
A campanha de lançamento vai ficar a cargo da agência JWT, uma unidade da WPP, que desenvolverá iniciativas e anúncios para popularizar o novo serviço. Parece que a briga de cachorros grandes vai apenas começar.
Ah, em tempo, para os curiosos: KUMO, significa aranha e nuvem (seria a aranha das nuvens?) em japonês! 😉
[Dica do Negrini, valeu!]