por Matheus Augusto Silva Pinho
Em diversos momentos nós, leitores de sites e blogs relacionados ao mundo Apple, notamos a preocupação da empresa com a educação integrada ao uso de seus aparelhos. Programas que ajudam estudantes universitários a comprarem iPads e Macs para auxiliar nos estudos já estão presentes há algum tempo no país. Mas será que toda essa tecnologia realmente aumenta a produtividade dos alunos?
Recentemente o MacMagazine publicou uma reportagem sobre a grande rejeição dos iPads pelos estudantes nas escolas do Estado de Maine, nos EUA. Sou um leitor assíduo do site e notei a curiosidade de muitas pessoas nos comentários sobre o uso desse gadget para a educação.
Normalmente, a integração da tecnologia principalmente em locais como escolas, onde o papel e a caneta são tradicionalmente utilizados, encontra muitas barreiras que dificultam o seu desenvolvimento. Todavia, o Colégio Sigma (DF) — onde estudo —, visando todas as possibilidades existentes no iPad, implantou o material digital para o Ensino Médio em 2012, como pioneiro em todo o Brasil. Venho assim, através deste artigo, relatar não só a minha mas também a experiência de professores e coordenadores com o material.
Usamos o iPad como livro o dia inteiro, no entanto as anotações e os exercícios são feitos nos cadernos. Todos os livros são comprados e armazenados em um aplicativo chamado “Geração Digital”. Acredito que, assim como os livros de papel, o digital tem seus prós e contras. Vejo como positivo o fato de que todo o material é feito pelos professores da escola, tendo assim todo o conteúdo necessário para estudarmos para o Enem e vestibulares.
Além disso, eles são frequentemente atualizados como, por exemplo, acontece com o livro de Biologia — que sempre ganha novas descobertas no mundo científico. Outro ponto positivo é não ter que carregar muito peso nas costas (437g, no caso do iPad Air 2).
Às vezes, após longas jornadas de estudo, encontro-me muito cansado e com dor nos olhos por ter que olhar para a tela do aparelho por muito tempo — sendo esse o maior ponto negativo do material, na minha opinião. O livro também apresenta alguns erros relacionados ao conteúdo, o que faz com que nós fiquemos desanimados com o estudo.
A interface do livro é bem fácil de ser manuseada e as páginas são bem completas, com muitas imagens. Além disso temos aplicativos diversos que facilitam e agilizam o estudo, o que é ótimo.
Ao ser questionada sobre o assunto, Brigitte Ritter, aluna do Sigma, relatou que o material na maioria das vezes funciona muito bem para ela, mas somente quando tem muita força de vontade para estudar — pois normalmente se distrai com alguns jogos também instalados no gadget. Diversos outros alunos corroboraram esse argumento e disseram que preferem muito mais os livros físicos.
“Algo muito frequente na escola é a distração dos alunos com o tablet”, disse o professor Fernando (de Português). “Sinto que os alunos ficam mais dispersos na hora do estudo por conta do tablet e percebo que muitos preferem o livro tradicional por conta do contato com o papel e a possibilidade de fazer anotações mais facilmente. Porém penso que temos que evoluir, e apoio a iniciativa da escola.”
Enquanto aluno, também apoio a iniciativa dos colégios de quererem avançar tecnologicamente, mas ao mesmo tempo recomendo uma introdução cautelosa do material para que o impacto não acabe sendo negativo e diminua o rendimento dos alunos.
E vocês, o que acham? Se tiverem alguma dúvida, perguntem nos comentários! ✌🏾
Alguns apps para aulas
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