No ano passado, passei dias fazendo um tour pelas lojas da Claro, em São Paulo. Estava à procura do iPhone 3G e, como as lojas da operadora (ironicamente) não têm telefone de contato, visitei uma por uma para ouvir a mesma resposta: “Acabou! Quer entrar na lista de espera?”
Já este ano, consegui comprar meu iPhone 3GS na Claro do Shopping Higienópolis (SP), logo no primeiro dia de vendas. A loja tinha acabado de abrir e, só no tempo que fiquei por lá, vi cerca de dez pessoas saindo com o smartphone da Apple em mãos — sem contar as que estavam na recepção perguntando sobre o lançamento.
O resultado não podia ser diferente… Via Twitter, acompanhei diversos relatos de quem não conseguiu comprar o novo iPhone, além dos diversos leitores que entraram em contato conosco para reclamar da falta de estoque nas lojas. O que isso prova? Que mesmo elevando os preços, limitando as condições de pagamento e dificultando o processo de compra, demanda pelo aparelho é o que não falta!
Em outros países, já vimos pessoas formarem filas enormes em frente aos pontos de venda, enquanto no Brasil ainda não registramos nenhuma fila considerável; no lugar disso, fica esse vai e volta entre as lojas sem informação alguma sobre estoque. Os iPhones até chegam para reposição, só que acabam muito rápido. Sabe aquela brincadeira de Páscoa em que os adultos escondem ovos de chocolate para as crianças acharem? Então, é bem por aí. Será que está divertido para as três operadoras?
Claro, TIM e Vivo, será que vocês não se prepararam para as vendas? Isso é um fato. Mas, com a alta demanda e a fama de serem as campeãs de reclamação por parte dos clientes, a impressão que fica é que elas simplesmente não se preocupam muito com a dificuldade dos consumidores finais; afinal, vão vender de um jeito ou de outro.
Em contato com as operadoras, assim como outros blogs e veículos, não conseguimos muito mais do que vocês já sabem. A Vivo — depois do episódio #FAIL em que subiu os preços anunciados — não se manifestou, enquanto a Claro e a TIM só dizem que estão repondo seus estoques, sem citar números.
A aposta de que a Apple está fazendo muito mais dinheiro com o iPhone do que todos preveem pode valer também para o mercado brasileiro. Quem sabe essa procura toda acaba chamando a atenção da Maçã para o nosso lado, hein. Será?
