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Finja surpresa: Departamento de Estado dos EUA já comprou uma caixinha da Grayshift para desbloquear iPhones por conta própria

GrayKey da Grayshift

Há algum tempo, o governo americano estabeleceu uma já célebre parceria com a Cellebrite, a obscura firma israelense de segurança digital, para o desbloqueio de iPhones recuperados de criminosos. Entretanto, pode ser que essa relação esteja com os dias contados agora que uma opção mais simples e mais barata está no mercado — afinal, você precisa pensar em economia até mesmo quando o assunto é a segurança nacional e ações no limiar da ética.

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Segundo a Motherboard, um setor do Departamento de Estado dos EUA comprou, no dia 6 de março, uma das infames caixinhas pretas da Grayshift por US$15 mil. A compra está listada no sistema de dados público do governo americano e é descrita simplesmente como “equipamento de computação ou periféricos”, mas o site confirmou que a aquisição é realmente do instrumento desbloqueador de iPhones.

GrayKey da Grayshift

Como explicamos no nosso post detalhando o funcionamento da caixinha, a Grayshift oferece dois modelos da GrayKey aos seus compradores — um de US$15 mil, que desbloqueia até 300 iPhones, e um de US$30 mil, com utilização ilimitada.

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Alguém poderia argumentar que o Departamento de Estado deveria ter tirado o escorpião do bolso e pagar o dobro para ter a funcionalidade eternamente, mas é bom lembrar que a caixinha mais cara apresenta sérios riscos do ponto de vista da segurança, como explicamos. Se os agentes americanos leram isso aqui, you’re welcome.

·   •   ·

Enquanto isso, o vice-presidente de engenharia de software da Apple, Craig Federighi, compartilhou algumas palavras sobre a atual situação da segurança do iOS e as tentativas do FBI em criar uma versão especial do sistema que lhe garanta acesso irrestrito aos aparelhos da Maçã, mesmo bloqueados.

Craig Federighi demonstrando o Face ID

Em uma reportagem do New York Times falando sobre as investidas recentes da agência de segurança e um possível mandado que estaria sendo criado e obrigaria as empresas de tecnologia a criarem ferramentas de desbloqueio que poderiam ser utilizadas pelo FBI sempre que necessário, Federighi opinou:

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Propostas que envolvem dar as chaves para os dados do consumidor a qualquer um que não seja o próprio consumidor injetam novas e perigosas fraquezas à segurança do produto. Enfraquecer essa segurança não faz sentido quando consideramos que nossos consumidores contam com nossos produtos para manter suas informações pessoais protegidas, lidar com seus negócios ou mesmo gerenciar infraestruturas vitais como malhas energéticas e sistemas de transporte.

Então parece que a Apple não está voltando atrás na sua posição inicial — o que pode ser bom ou ruim, dependendo da sua opinião. O que vocês acham?

via 9to5Mac

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