pareceu superficial e dúbia para jornalistas e analistas do mercado, o Google tem uma explicação para isso: a Apple mentiu! A gigante de buscas havia solicitado ao órgão norte-americano o direito de suprimir a publicação de certas partes, por envolver desde troca de correspondências e telefonemas, até encontros pessoais entre executivos das duas empresas.
Se a resposta oficial enviada pela Apple à FCCNo entanto, após incisivos pedidos por parte de indivíduos e instituições em nome do Ato de Liberdade da Informação, exigindo que a FCC liberasse todos os detalhes, o Google resolveu tornar pública toda a verdade, visto que a Apple optou por uma _publicação irrestrita_.
Embora a carta da Apple nos leve a entender que o aplicativo não teria sido aceito em sua forma original e, como de costume, fora parar no limbo da App Store, o Google descreve todas as declarações com outra perspectiva e ainda dá nome aos bois.
É citado com significativo destaque o nome do Phil Schiller, que foi quem pessoalmente informou ao executivo do Google que o aplicativo não seria aceito por “duplicar a função principal do iPhone”.
Os contatos principais entre as duas empresas foram Alan Eustace, vice-presidente sênior de engenharia e pesquisa do Google, e Phil Schiller, vice-presidente sênior mundial de marketing da Apple. No dia 7 de julho, Eustace e Schiller conversaram pelo telefone. Foi durante essa ligação que Schiller informou a Eustace que a Apple estava rejeitando o Google Voice pelas razões descritas acima, no item 2(a).
Em resposta às declarações feitas pelo Google, Steve Downling, porta-voz da firma de Cupertino, declarou hoje que a “Apple não concorda com todas as declarações feitas pelo Google na carta publicada hoje. A Apple não rejeitou o aplicativo Google Voice. Nós continuamos discutindo o assunto com o Google”.
Em artigo sobre a decisão, Richard Whitt finaliza dizendo que a empresa continua a trabalhar com a Apple e outras companhias para trazer aos usuários a melhor experiência móvel ao usar os serviços do Google.
A versão completa da carta enviada pelo Google pode ser obtida aqui (PDF, 1,8MB).