O Salão de Games de Tóquio está se destacando em promover os últimos projetos das gigantes mundiais de games e, especialmente, das fabricantes de consoles. Mas no meio de tanta coisa maluca que se pode encontrar por lá (gostos e gostos, hein pessoal? :-D), um clima de forte interesse pela plataforma móvel da Apple paira sobre o local, levando o The New York Times a considerar, e com razão, que a empresa está dominando aos poucos os eventos anuais do setor.
A motivação da Apple em estimular o desenvolvimento de jogos para iPhones/iPods touch tem gerado enormes resultados, graças às capacidades interessantes desses dois aparelhos e da fácil (e acessível) experiência de compra proporcionada pela App Store. Juntando isso com o fato de muitos produtos estarem acessíveis para os usuários a um preço relativamente baixo (ou até de graça), a indústria está experimentando uma transição acima do normal para os “joguinhos” casuais.
Talvez o último evento da Apple não tenha despertado essa ideia da maneira certa, mas uma das coisas que Phil Schiller mencionou realmente está sendo vista na prática: os usuários não estão apenas buscando as experiências cinematográficas (de ação, aventura e esportes), disponíveis por um valor bem maior. Elas continuam sendo o centro das atenções, mas, ao contrário do que eu mesmo imaginava no início disso tudo, tem muita gente querendo os jogos de US$1 ou US$2 da App Store — e gostando deles.
Não há melhor maneira de exemplificar isso do que no evento em questão: dos 758 títulos lançados no Salão de Tóquio, 168 são exclusivos de plataformas móveis. E não é só isso: o sucesso da App Store está fazendo muitas produtoras admitirem que faz parte do futuro a busca pelos melhores modelos de negócio em lojas online, fazendo a ideia de se aliar um console de peso perder parte do valor que possuía outrora.