Em inglês, eles chamam de “name squatters”, o que para nós seria como okupas. Na App Store, esse seria o ato de pré-registrar/reservar o nome de um aplicativo antes mesmo de ele ser lançado na loja.
A Apple permite isso via iTunes Connect. O desenvolvedor pode cadastrar um app em desenvolvimento e já dar um nome para ele, que imediatamente se torna indisponível para toda a comunidade. Isso faz bastante sentido, visto que toda a criação de um app pode se dar a partir do seu nome, mas o grande problema é que diversos desses projetos nunca veem a luz do dia.
Enquanto alguns desenvolvedores podem acabar registrando nomes bacanas sem intenção de prejudicar ninguém, é possível que existam alguns que têm feito isso de maneira exagerada e descontrolada, visto que até hoje a Apple não impôs nenhum tipo de controle sobre a situação. Quem conta isso é o diretor da Atomic Antelope, Chris Stevens, que não teve sucesso ao cadastrar um app de nome “Twitch”. Eles até tentaram “Twitch!”, mas isso também não funcionou. O jeito foi apelar para uma espécie de hack do nome: “Twitch.” — sim, com um ponto final.
Curiosamente, membros da comunidade não têm como entrar em contato uns com os outros para negociar a transferência desses nomes, nem mesmo com base em compra/venda dos mesmos — algo bem comum em domínios da internet, por exemplo. Ou seja, quem está explorando essa “brecha” por ora não tem objetivo de lucrar com a coisa, mas pode estar resguardando nomes legais para o caso de surgir a ideia de um app qualquer que combine com um deles.
Minha sugestão, para a Apple, é que esses pré-registros tenham uma validade: três meses, digamos. Se depois desse tempo um binário de app não for enviado para a sua aprovação, o termo se tornaria automaticamente livre para a comunidade mais uma vez.