Novas informações divulgadas pela Reuters apontam que pelo menos nove diplomatas do Departamento de Estado dos Estados Unidos tiveram seus iPhones invadidos pelo spyware Pegasus, desenvolvido pela empresa de vigilância israelense NSO Group. Segundo a reportagem, o ataque mirou diplomatas em exercício na Uganda e outros países do leste africano.
Esse foi o maior caso de invasão já registrado até agora envolvendo oficiais americanos relacionado ao spyware. Em novembro, o governo dos Estados Unidos classificou o Pegasus “como um risco à segurança nacional do país”.
Em um comunicado emitido nesta semana, o NSO Group se isentou de qualquer responsabilidade em relação a esse caso e afirmou que está “disposto a cooperar com as investigações”, além de se comprometer a entrar com as medidas legais cabíveis caso o ataque tenha partido de algum de seus clientes.
O spyware Pegasus tem sido usado recorrentemente por criminosos e, até mesmo, alguns Estados com histórico de violação dos direitos humanos para vigiar ativistas, jornalistas, pesquisadores e políticos. De acordo com o relatório, ainda não se sabe a origem do ataque que afetou os diplomatas americanos.
Esta é terceira vez que a Apple alerta vítimas do spyware desde que anunciou, em novembro, que passaria a notificar possíveis vítimas de ataques financiados por Estados. Desde então, a Maçã chegou a notificar uma série de ativistas vítimas de espionagem em países como Uganda e Tailândia, além da promotora polonesa Ewa Wrzosek, que também teve seu iPhone invadido.
Vale notar, ainda, que a Apple está processando o NSO Group por ataques contra os seus dispositivos.