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Música para memórias perdidas: iPods são usados no tratamento de Alzheimer

Crédito: Edel Rodriguez
Crédito: Edel Rodriguez
Crédito: Edel Rodriguez

Já sabemos que as músicas de um iPod podem ajudar na hora de tratar problemas cardiovasculares, mas agora vêm à tona dados que comprovam que canções também trazem inúmeros efeitos benéficos para pacientes que sofrem de demência, sequelas de derrames ou mal de Alzheimer. Os benefícios gerados incluem a recuperação de funções motoras/cognitivas e a formação de memórias novas.

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As formas de administrar o tratamento são variadas: o paciente pode querer ouvir as canções sozinho, com headphones, ou podem ser usados alto-falantes para envolver a família. Dar as mãos enquanto se ouve uma canção é uma forma de estreitar/refazer laços que tenham sido prejudicados pela doença.

A única precaução que deve ser tomada é procurar ficar atento a respostas negativas: uma canção pode trazer tanto memórias boas quanto ruins, como a perda de um ente querido ou um relacionamento malfadado. Ainda não se sabe bem por que, mas músicas da adolescência dos pacientes parecem surtir efeitos mais significativos na invocação de memórias.

Segundo a Dra. Concetta Tomarino, que já pesquisa os efeitos terapêuticos da música há 30 anos, o que pode estar ocorrendo a estes pacientes é que as áreas do cérebro responsáveis pela audição e pelas emoções estão propagando os estímulos para regiões dormentes, mas que não sofreram danos pelas doenças. Num estudo conduzido com 45 pacientes com quadros de demência, uma hora de música por dia, três vezes por semana, fez com que suas pontuações em testes cognitivos aumentassem 50% em média, em apenas dez meses. Um dos pacientes conseguiu, depois de meses, reconhecer sua esposa — isso definitivamente não tem preço. π_π

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A musicoterapia se dá mediante o uso de listas de reprodução criadas de acordo com o gosto pessoal de cada paciente. O Instituto para Música e Função Neurológica, em Nova York, iniciou um programa no qual familiares podem ser instruídos sobre a melhor forma de usar iPods para ajudar no tratamento de um paciente, ou até enviar o PMP para que ele seja preenchido com listas de reprodução selecionadas com base num questionário sobre as preferências musicais do paciente — os preços do serviço variam de US$86 a US$126. Doações de iPods que não são mais usados também são bem-vindas, para possibilitar que esta terapia chegue àqueles que não têm como adquirir um para si.

Tecnicamente, qualquer PMP poderia trazer benefícios, pois o que ajuda realmente os pacientes é a música. Contudo, o catálogo da iTunes Store, a facilidade de uso, o gerenciamento de listas de reprodução e a popularidade soberba dos tocadores da Apple nos EUA os tornam foco desta campanha.

[via WSJ.com]

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