Brian Marshall, analista da Broadpoint AmTech e um dos mais importantes na cobertura da situação financeira da Apple, afirmou recentemente à Bloomberg TV que possui esperanças no fim do contrato de exclusividade da AT&T para a venda do iPhone nos Estados Unidos, previsto para se encerrar em junho de 2010 sem possibilidades de renovação em tal condição. Isso abriria caminho para outras telecoms interessadas em adicionar o aparelho ao seu catálogo — como a Verizon Wireless, por exemplo.
O analista conta que a Apple obtém US$450 de subsídio da AT&T para cada iPhone vendido, mas, como isso poderá ser reduzido para US$300 em qualquer operadora (norte-americana ou não) a partir de junho do próximo ano, estaria aberto um caminho para a turma do Steve Jobs negociar com outras empresas do setor em seu próprio país. Teoricamente, qualquer benefício contratual não mais existiria para caracterizar exclusividade, mas isso vai contra qualquer rumor do prolongamento da exclusividade entre AT&T e Apple.
A venda do iPhone por múltiplas operadoras em outros países está trazendo benefícios para a sua fabricante, conforme nós já comentamos. Enquanto isso, a AT&T sofre para lidar com sucessivos problemas de clientes e com a massiva utilização de sua rede de dados (40%) pela mínima parcela de usuários do smartphone da Maçã dentre todos os seus clientes (4%). Talvez o fim dessa exclusividade amenize algumas coisas para o seu lado.