No meio da sua luta para convencer a justiça de que a sua atuação no mercado é legal — sem falar nos processos abertos para conseguir o direito de comercializar o Mac OS X com seus computadores —, a Psystar decidiu realizar uma emenda no caso para incluir o seu recém-lançado Rebel EFI, que permite a qualquer um instalar o sistema da Apple em PCs. De acordo com a fabricante de clones, o seu software mais recente não faz modificações no sistema operacional: apenas é distribuído de forma pré-instalada nos computadores.
Isso faria a justiça pensar que ela não modifica o Mac OS X, conforme a Apple a vem acusando há algum tempo; em vez disso, a Psystar seria vista como uma empresa qualquer, distribuindo os programas que quer nos seus computadores, vendidos com um sistema operacional que supostamente é usado de forma legal. O problema é que ela não deixa de ser acusada por burlar medidas de segurança impostas pela Apple, apesar de ainda tentar dizer que faz isso dentro de uma legislação sobre possíveis “manobras” que um desenvolvedor/fabricante possa julgar necessárias para atingir interoperabilidade entre o hardware e o software em questão.
De qualquer forma, o resultado final das ações é uma versão do Mac OS X que roda em ambiente ilegal, sem a permissão da Apple e em um hardware que não é produzido por ela. Além disso, as medidas tomadas para chegar a esse resultado continuam sendo ilegais, pois a legislação vigente não permite que qualquer “manobra” vá além dos propósitos de análise e identificação, ou seja, a desenvolvedora do software (no caso, a Apple) ainda deve estar ciente do que é realizado com seu produto em um determinado hardware, a fim de autorizar a sua venda.
Ninguém que tenha analisado essa parte do caso consegue entender como a Psystar pretende se livrar das acusações na justiça: primeiro, dizendo que apenas vende PCs com software pré-instalado junto do sistema operacional; depois, admitindo que esse programa roda sobre medidas de segurança que a Apple tenha integrado ao Mac OS X. Isso é muito confuso, mas no final das contas, a fabricante de clones continua insistindo que faz tudo legalmente.
Uma análise feita com o Rebel EFI recentemente também pode representar uma ameaça em toda essa história levantada pela Psystar: o aplicativo é considerado por ela como proprietário, mas ele aparenta conter código coberto por licenças open source da Apple, que podem prejudicá-la futuramente. Por ora, a desenvolvedora do Mac OS X não se manifestou quanto a isso: o próximo passo do processo será ouvir os pedidos de antecipação de julgamento feitos pelas duas empresas, algo que está marcado para o dia 12 de novembro.
[via Edible Apple]