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Review: disco rígido ioSafe Solo 500GB (à prova de fogo e de água)

Quando avaliamos a compra de um disco rígido externo, normalmente estamos buscando uma solução para 1. backup de dados, 2. disponibilidade de mais espaço para armazenamento de arquivos e/ou 3. poder levar nossos documentos para onde quisermos — se você não tiver um laptop, então, a solução é essa (ou um pendrive, normalmente mais limitado em capacidade).

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Independentemente do motivo principal da aquisição, um fator importantíssimo que todos devemos levar em consideração é confiabilidade/segurança dos dados. Ora, se vamos apostar num produto para cópias de segurança de documentos, fotos, vídeos, projetos, etc., não podemos nunca fazer uma escolha com base em preço — optando por uma marca qualquer, sem credibilidade no mercado.

A ioSafe é uma entrante no segmento — um nome que não soa nada como Western Digital, LaCie, Seagate, Toshiba ou Iomega, por exemplo. Ela poderia ter seguido a onda dessas e lançado apenas mais um HD bonito e portátil, mas preferiu se diferenciar com o Solo, seu primeiro produto comercial. O fator de venda? Ele é à prova de fogo e de água.

Falamos pela primeira vez sobre o Solo no começo de novembro do ano passado, quando a ioSafe lançou um novo modelo de 2TB. Isso foi pouco mais de um mês antes de a empresa aterrissar no Brasil e iniciar um contato mais próximo conosco. Desde então, estamos com um modelo de 500GB do Solo em testes, e nesse meio tempo acompanhamos também o lançamento da sua nova linha com SSDs, ocorrida na CES 2010.

Desenvolver um disco rígido resistente assim tem seus lados negativos: o Solo é grande (12,7x18x27x9cm) e bastante pesado (6,8kg), além de não ser dos mais belos — pelo menos a carcaça é de alumínio, combinando bem com meu MacBook Pro unibody. Ou seja, a ideia é que o HD (dentro dele temos um Hitachi de 7.200RPM, é bom notar) seja instalado num canto da sua área de trabalho e ali fique atuando como um centro de armazenamento de informações importantes/confidenciais.

A interface escolhida pela ioSafe foi exclusivamente a USB 2.0 — o que não é nada mal, considerando que ela oferece uma boa performance e é superpopular. Todavia, trabalho por aqui também com um My Book Premium Edition II de 1TB e não poderia deixar de compará-los nesse aspecto: o modelo da WD é tripla-interface, ou seja, eu posso optar por USB, FireWire 400 ou FireWire 800, como bem entender. Só faria sentido para a ioSafe escolher FireWire se o seu produto fosse direcionado especificamente para usuários de Mac, o que não é o caso — ele funciona perfeitamente nas plataformas Mac OS X, Windows e Linux.

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Enquanto a USB 3.0 não se dissemina no mercado, a 2.0 acaba perdendo em performance para a FW 800 — teoricamente, são 480Mbps contra 800Mbps. Confira a seguir um vídeo que gravei e editei mostrando a transferência de um arquivo de 1,54GB para os dois HDs, do mesmo MBP (porém não simultaneamente — as janelas foram gravadas uma de cada vez, e depois unidas):

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YouTube video

Como você pode ver, o FW 800 levou 38″, enquanto o USB 2.0 demorou 43″ — a diferença é pequena, mas representa ~13% a mais, o que não é desprezível. Ainda assim, inexplicavelmente, observei que o FW se deu muito melhor na tarefa de realizar backups via Time Machine, aumentando a diferença para até 30% em meus testes.

Tirando essa relativa pequena diferença de performance, a conectividade USB é tão simples e prática quanto a FW. Mesmo originalmente formatado em MS-DOS (FAT), o Solo foi rapidamente reconhecido pelo meu MBP e não teve problemas em ser reformatado para Mac OS Extended (Journaled).

Obtive total autorização da ioSafe para realizar testes de resistência com o Solo, mas optei por esperar para avaliá-lo após possíveis ocorrências naturais — algo que, pelo amor de Deus, espero que nunca aconteça. Até porque nunca conseguiria realizar e produzir um vídeo tão bacana quanto o que os caras da Macworld fizeram no ano passado, quando eles tiverem a chance de pôr as mãos em um.

Divirta-se:

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=1YJTMPzv1LU[/youtube]

Tanto o teste de água (tecnologia HydroSafe: até três metros de profundidade por três dias) quanto o de fogo (tecnologia DataCast: até 840ºC por meia hora, conforme as normas ASTM E119) colocaram o Solo em situações parecidas com as quais ele enfrentaria na vida real. Ainda assim, o drive em si permaneceu intacto e todos os dados puderam ser acessados. Sobre a carcaça eu não posso dizer o mesmo. 😛

Com o Solo está incluso seguro de um ano no valor de US$1.000 para a recuperação de dados após desastres e a reposição da unidade (trata-se do chamado DRS Data Recovery Service 1-Year — pode ser estendido por três ou cinco anos por US$50 e US$100, respectivamente). Independentemente disso, a fabricante oferece três anos de garantia geral contra defeitos. Ele também possui uma proteção física contra furtos, chamada cable-lock.

Veja no diagrama abaixo como ele opera em situações normais:

Na página oficial de suporte sobre o produto, a ioSafe explica como converter o Solo em um NAS (Network-Attached Storage), como formatá-lo no Mac, explica se o Solo está disponível em configuração RAID, fala sobre softwares de backup e cita a proteção do HD contra furto.

No Brasil, os modelos com disco rígido da linha ioSafe Solo já estão à venda: 500GB (R$1.590), 1TB (R$2.190), 1,5TB (R$2.590) e 2TB (R$2.990) — R$3,18, R$2,19, R$1,73 e R$1,50 por gigabyte, respectivamente. Em breve, a companhia deverá anunciar a disponibilidade dos modelos com SSD, mas os preços nacionais ainda não foram estipulados.

O Solo realmente não atrai pela sua beleza/portabilidade, mas pode ser deixado escondido num canto e cumpre perfeitamente suas funções. O valor por gigabyte é interessante e saber que seus dados estarão protegidos contra a fúria divina confere uma camada de tranquilidade a mais.

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