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As controvérsias de se adotar Open Video na internet de hoje

FilmesDesde que eu comecei a usar um notebook, peguei um ódio mortal do Flash Player para qualquer coisa — e o Rafael pode até falar por mim. Lidar com vídeo baseado nesse formato em portáteis normalmente resulta em uma qualidade de reprodução bastante comprometida — sem falar no alto uso de recursos das máquinas. No entanto, conforme elas foram ganhando a capacidade de oferecer aceleração gráfica para ajudar no processamento de certos formatos de vídeo, surgiu a ideia de dar aos navegadores web a capacidade de reproduzi-los da mesma forma que no desktop — evitando ainda o uso de plugins em sites.

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Esses são alguns dos motivos que levaram à criação de um elemento no padrão HTML5 para permitir que vídeo fosse inserido em páginas web como uma imagem qualquer, atualmente já implementado nas versões mais recentes do Safari, Firefox, Opera e Chrome. Conforme mais pessoas estão deixando o IE no Windows por um desses browsers, usar o novo método para inserção de vídeos está se tornando mais viável aos poucos: o único problema é que ele tem implementações diferentes em cada um dos produtos que listei acima, fazendo com que algo criado para se tornar um padrão não seja tão padronizado assim.

Ao analisar os elementos de mídia do padrão HTML5 (<video> e <audio>), John Gruber, do Daring Fireball, chegou a essa mesma conclusão e identificou alguns problemas que eles ainda apresentam para a internet de hoje, mesmo estando oficializados. Um deles é a diversidade de formatos de vídeo que teoricamente devem ser suportados pelos navegadores (algo que já comentamos aqui). Num mundo perfeito, o correto seria que todos eles seguissem as recomendações do W3C, ou seja, suportar conteúdo baseados nos codecs Theora e H.264 (para vídeo) e Vorbis e AAC (para áudio).

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O problema é que isso não acontece na prática: enquanto o Safari apenas suporta nativamente os codecs H.264 e AAC — os outros apenas são suportados com componentes adicionais —, Firefox e Opera apoiam apenas Theora e Vorbis — só quem se sai bem nesse ponto é o Google Chrome, suportando todos. Essa divergência acarreta um outro inconveniente para desenvolvedores interessados em adotar HTML em seus sites, que é o fato de ter de preparar conteúdo adaptado em todos os formatos possíveis para atender potenciais usuários de todos os browsers — para a maioria deles, a culpa de algo não funcionar como deve sempre é de quem fez o site, nunca do navegador.

Além dessa guerra de formatos, existe um outra questão chata: há atributos dentro dos novos elementos de mídia que apenas o Firefox é preparado para respeitar. Um deles é o autobuffer que, para fins de otimização do carregamento das páginas, deve ser configurado para evitar o carregamento automático dos vídeos. Para a sua versão 3.6, a Mozilla preparou ainda suporte para imagens de pôster, que concedem ao usuário uma ideia do conteúdo de um vídeo antes de ele ser executado — algo semelhante ao que o YouTube faz hoje com os códigos de embed.

Enquanto esses inconvenientes com o Open Video não são acertados em todos os navegadores (há bugs sendo monitorados pelo projeto WebKit, por exemplo), quem trabalha com sites ainda não poderá integrar vídeo ao seu conteúdo de um maneira simples, como tanto se esperava. Sem outro recurso, o jeito é continuar usando soluções em Flash para isso, mesmo quando elas não funcionam no Mac OS X como deveriam.

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