Katy Huberty, analista da Morgan Stanley, divulgou hoje uma nota direcionada a investidores na qual prevê que, apesar do início lento, as vendas do iPhone na China poderão chegar a cinco milhões de unidades por ano. Huberty ressaltou que a base instalada de iPhones desbloqueados na terra do rolinho primavera chega a dois milhões de aparelhos, um número equivalente ao de iPhones oficiais em alguns países europeus e asiáticos.
Adicionalmente, a analista prevê que o preço demasiadamente elevado do iPhone na China tem sido um obstáculo para a adoção em larga escala: caso seja ofertado um modelo pré-pago mais barato, ela explica, as vendas do smartphone poderão dobrar, chegando a até dez milhões de unidades por ano. “O preço do aparelho, dos seus planos de dados e o alto investimento inicial foram citados por 85%, 66% e 56% dos entrevistados, respectivamente, como razões para não comprar um iPhone”, divulgou na nota, referindo-se aos resultados de uma pesquisa feita com 1.050 pessoas pertencentes “ao segmento de mercado acessível ao iPhone”.
A previsão da Apple, tomando como base as 300 mil unidades já vendidas em parceria com a China Unicom, é 1,2 milhão de iPhones vendidos no primeiro ano. Huberty acredita que este número poderá ser extrapolado por conta de uma campanha de marketing e uma turnê de apresentações por 46 cidades, em andamento desde o final de 2009. Tim Cook, na apresentação de resultados financeiros ocorrida dia 25, mencionou que os planos da Maçã para o país envolvem “fortalecimento da marca a longo prazo” sem atenção às vendas imediatas, tendo em vista o potencial futuro do mercado chinês.
[via AppleInsider]
Atualização
Além do fortalecimento da marca no mercado chinês e a possibilidade de preços mais baixos, a oferta de iPhones dotados de conectividade WAPI (o protocolo usado na China para Wi-Fi) certamente influenciará positivamente as vendas. O site PCPOP alega (tradução Google) que a Foxconn teria iniciado a fabricação de iPhones com esta capacidade.
Como bem lembramos, o smartphone da Apple foi lançado sem poder se conectar a redes locais sem fio, apenas a redes celulares, por conta de uma proibição do governo chinês. Tal impedimento foi retirado, porém só depois de muitos aparelhos “capados” terem sido fabricados, o que ajudou a tornar o lançamento no país um fiasco, com não mais de cinco mil unidades vendidas na primeira semana.
[via MacRumors]