Em meio a toda a polêmica de remoção/banimento de apps com conteúdos sexuais da App Store (1, 2, 3, 4), John Gruber, do blog Daring Fireball, expressou ontem à noite sua percepção sobre o tema. Segundo ele, que tem fontes internas na Apple, o motivo dessa mudança repentina não tem a ver com dinheiro, e sim com a percepção de marca da Maçã.
Embora Phil Schiller só tenha comentado “por cima” que a Apple recebeu diversas críticas de mulheres acerca dos apps que estavam entrando na loja, parece que o problema é realmente esse, só que numa escala maior. Esse incômodo não afeta apenas indivíduos do sexo feminino, mas pais em geral, que poderiam impedir que seus filhos acessassem a iTunes Store como um todo.
A Apple tem uma imagem a zelar (branding) e ela estava sendo bastante prejudicada com a enchente de apps com ícones e screenshots de mulheres de biquínis e afins, bem como descrições de títulos adultas demais para o acesso do público geral. O surgimento temporário de uma categoria “Explicit” no iTunes Connect abriu a possibilidade de ela estar trabalhando em uma forma de trazer esses apps de volta, mas por enquanto a coisa não se oficializou.
Metaforicamente, a Apple quer que a iPhone App Store seja tão amigável a todos quanto suas próprias Retail Stores — é como se ela escolhesse o que está exposto ali, ou no mínimo desse um aval oficial para tal. Até que ela encontre uma forma de conciliar as duas coisas e agradar também ao público adulto que se interessa por esses apps, a “censura” permanecerá de pé.